estava
na sala não era nem aluno nem professor... Então quem você acha que poderia ser
se não um de nós?
–
Talvez algum bruxo das trevas daqui... Ou você acha que só Hogwarts pode ser
atacada por bruxos sombrios? – Rosa se virou para o professor ao seu lado, que
era ninguém menos que o Prof Rodrigues de História da Magia. – Eh, com licença,
Prof Rodrigues...
–
Pois não, menininha bela de cabelos ruivos – disse o bruxo de meia idade. – A
que lhe posso ser útil?
–
Eh, professor, eu estava pensando, se, aqui no Brasil, vocês já teriam
enfrentado algum bruxo que, sei lá... Não fosse totalmente, assim, bom.
–
Ah! Que curioso que você tenha se interessado por nossa história, menininha – o
Prof Rodrigues revirou seus olhos até que eles chegassem ao seu prato de
comida. Rodrigues misturou seu cereal mais uma vez no leite fresco e finalmente
respondeu. – Há uns trinta anos, um bruxo das trevas nos deu muita dor de
cabeça, ele fora como um Severo Snape para vocês, mas o Prof Quintiliano
Alcoforado quase causou um grande estrado para nossa escola. Ele proibira quase
tudo e divulgara a livre arbítrio as Artes das Trevas para nossos alunos. E há
dezesseis anos outro bruxo chamado Lacedêmon Serebrenick atingiu as metas de
Alcoforado com mais intensidade e assumiu o controle do Ministério da Magia
levando nosso país ao caos. Seus partidários dominavam os órgãos de todos os
departamentos e quase conseguiram se espalhar pela América. Não chegava nem
perto dos feitos de Você-Sabe-Quem, mas tivemos sorte de nosso herói nacional,
Aurélio Simões, ter conseguido detê-lo.
–
E existe alguma possibilidade desses dois bruxos estarem tentando voltar ao
poder? – Alvo arriscou antes de sua prima.
–
Só se forem seus fantasmas. Ambos estão mortos!
–
Viu o que eu disse! – Alvo se voltara para Rosa.
–
Isso não prova muita coisa. E caso alguém esteja tramando algo, isso não nos
diz respeito. É coisa deles, do país deles.
–
Mas se for mesmo Tavares pode ser coisa ligada ao nosso país, afinal, como ele mesmo disse: ele é o vice-embaixador das relações entre Brasil e
Inglaterra. – Alvo repetiu as palavras de Tavares com uma imitação cômica.
– E Mira-Fácil disse que ele falava em inglês! Pode ser alguma coisa ligada a
alguém da Grã-Bretanha.
–
Existem outros países que falam o inglês, sabia? Ele poderia estar falando com
alguém que use outro fuso-horário, por isso falou durante a madrugada. E acho
que não é uma boa hora para esquentar a cabeça com isso, Al – sugeriu Rosa
abaixando a cabeça e parando de olhar fixamente para o primo. – Estamos de
férias, Al! Sei que você gosta de desvendar problemas e salvar o dia, mas vá
com calma, por favor!
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