–
Parado ai, ou eu te estuporo! – gritou Alvo apontando sua varinha de núcleo de
coração de dragão, trêmula, para o homem.
–
Tudo bem, você me pegou. Mas poderia deixar seu pai fazer uma boquinha antes de
enfeitiçá-lo?
O
homem abriu a geladeira mais uma vez, fazendo com que a luz do aparelho
eletrodoméstico incidisse sobre seu rosto. Harry Potter estava em pé, com as
mãos levantadas próximas às orelhas com uma aparência bastante faminta e
sonâmbula. Seus óculos estavam tortos sobre o rosto; os cabelos despenteados,
cobrindo boa parte de sua cicatriz em forma de raio. Um pé estava descalço, e
Alvo pode ver o sapato do pai jogado a alguns centímetros de onde se
encontrava. As vestes estavam amarrotadas e o cinto estava desafivelado. Harry
não estava de pijama.
–
Podemos clarear mais a cozinha, não é? Lumus
– ele se adiantou até sua varinha e a agitou, fazendo com que as lâmpadas da
cozinha se acendessem, tornando a da geladeira dispensável. – Creio que eu fiz
mais barulho do que devia. Acordei você, não foi?
–
Não, eu já estava acordado – admitiu Alvo levantando a cadeira que ele
derrubara. – Acho que a ansiedade não me deixou dormir muito.
–
Compreensível – falou Harry. – Também não consegui dormir muito bem nas vezes
em que fui ver a final da Copa Mundial...
–
Deixem os pertences da casa de meus
senhores onde estão! – berrou uma voz asmática de rã velha, cortado a
tranqüila conversa entre Alvo e Harry como um arranhão no quadro negro. – Mundungo Fletcher, se for você eu juro que
lhe farei pagar!
–
Está tudo bem, Monstro – afirmou Harry para seu elfo doméstico.
Monstro,
o velho elfo doméstico da família Potter, irrompera de sua toca de baixo do
fogão a mil por hora. Estava vestido somente com seu velho trapo que cobria sua
nudez e carregava ameaçadoramente uma frigideira antiga, coberta de ferrugem e
bastante amassada.
–
Desculpe-me, meu senhor Harry. Mas Monstro ouviu uns barulhos, meu senhor...
Ouviu que algo se estraçalhando, meu senhor... Depois ouviu as cadeiras caindo,
mestre Harry... Monstro pensou... Monstro pensou que o ladrão Mundungo
estivesse voltado a roubar a casa de meus senhores. Monstro sabe que o ladrão
Fletcher não está em uma situação confortável.
–
Está tudo bem, Monstro – repetiu Harry, dirigindo-se até o elfo e ajudando-o a
abaixar a frigideira. – Lamento se eu os despertei ao quebrar o prato que
estava equilibrando na porta da geladeira, mas eu já o consertei. Alvo também
se assustara com o barulho e acabara derrubando a cadeira. A culpa fora toda
minha, eu fui desengonçado.
–
É. Desculpe-me, Monstro – disse Alvo.
A história ta bem maneira, mas eu li um dia desses que o Mundungo ta em Azkaban. Abçs
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirO Mundungo na verdade foi preso em Azkaban em 1996 depois de fingir ser um Inferi, dps ele fugiu ou foi solto.