após
a morte de Sirius Black, e Alvo sabia que o bruxo malandro passava por más
marés. Fora pego com bandos suspeitos e era suspeito de contrabando e furtos. O
que o impediria de assaltar a casa? Se Fletcher estava precisando de dinheiro,
por que não arrombaria uma casa cheia de artefatos místicos e fantásticos?
Sem
hesitar, Alvo se adiantou para perto da mesinha de cabeceira e agarrara a
varinha. Ele não podia fazer magia fora da escola, mas só sofreria as
conseqüências após a segunda irregularidade. Era bom ter por perto um perito em
leis e em suas brechas como Isaac Prewett. E a lei que restringia a prática de
magia por menores também assinalava que os menores poderiam usar magia em casos
extremos de vida ou morte. E como o Ministério classificaria um ladrão
problemático com problemas financeiros ameaçando uma varinha em sua direção?
Alvo não ficou muito tempo pensando nas conseqüências, se seu pai tinha mania
de se o herói ele também tinha, e parte de seu eu interior gostava disso.
Girando
a maçaneta e saltando para fora do quarto, Alvo avançou para o andar de baixo
em direção a onde tinha certeza de que ouvira o barulho. A cozinha.
Alvo
pisava cuidadosamente pelos degraus. Tentava fazer o mínimo de barulho
possível. Na madrugada até um simples fungar poderia ganhar proporções capazes
de acordar um homem em sono profundo. O garoto passara pelas cabeças
decapitadas dos antigos elfos que serviram a família Black. Legitimamente era
bem melhor passar por eles durante a manhã, já que a noite as sombras
projetadas por suas orelhas pontudas e pelos restos de seus narizes acentuados
transformavam cada cabeça em algo mais assustador. Com Monstro poderia ter o
grande sonho de ter sua cabeça ali, junto com a da mãe. Alvo não gostava de
pensar muito como seria ter a cabeça exposta naquelas circunstâncias e muito
menos durante o Natal, quando eram adicionadas barbas brancas e gorros
vermelhos.
Ao
chegar ao patamar da cozinha, Alvo gelou mais uma vez. Teve vontade de voltar
novamente para seu quarto e forçar
sua mente a dormir. A figura do homem que provocara o barulho estava agachada
sobre a geladeira escancarada. Alvo poderia ter visto seu rosto com a claridade
gerada pela geladeira, mas esta estava oculta pela porta da geladeira clara dos
Potter. O homem vacilou e colocou mais uma fatia de queijo em seu sanduíche
improvisado. Havia mais alguma coisa junto ao sanduíche...
Que
audacioso! Pensou Alvo intrigado. O
ladrão – além de provocar uma barulheira como aquela e roubar alguns pertences
da família – agora estava preparando um mísero sanduíche com os suprimentos
guardados para a viagem do dia seguinte.
Antes
de tomar conhecimento de seus atos, Alvo saltou mais a frente, derrubando uma
das cadeiras da mesa de jantar e chamando a atenção do homem. Ele tentou chegar
à varinha, mas o garoto fora mais rápido. Girara sua própria de qualquer
maneira fazendo com que a de seu oponente voasse para longe.
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