sábado, 12 de maio de 2012

A Insônia, pág 6


após a morte de Sirius Black, e Alvo sabia que o bruxo malandro passava por más marés. Fora pego com bandos suspeitos e era suspeito de contrabando e furtos. O que o impediria de assaltar a casa? Se Fletcher estava precisando de dinheiro, por que não arrombaria uma casa cheia de artefatos místicos e fantásticos?
Sem hesitar, Alvo se adiantou para perto da mesinha de cabeceira e agarrara a varinha. Ele não podia fazer magia fora da escola, mas só sofreria as conseqüências após a segunda irregularidade. Era bom ter por perto um perito em leis e em suas brechas como Isaac Prewett. E a lei que restringia a prática de magia por menores também assinalava que os menores poderiam usar magia em casos extremos de vida ou morte. E como o Ministério classificaria um ladrão problemático com problemas financeiros ameaçando uma varinha em sua direção? Alvo não ficou muito tempo pensando nas conseqüências, se seu pai tinha mania de se o herói ele também tinha, e parte de seu eu interior gostava disso.
Girando a maçaneta e saltando para fora do quarto, Alvo avançou para o andar de baixo em direção a onde tinha certeza de que ouvira o barulho. A cozinha.
Alvo pisava cuidadosamente pelos degraus. Tentava fazer o mínimo de barulho possível. Na madrugada até um simples fungar poderia ganhar proporções capazes de acordar um homem em sono profundo. O garoto passara pelas cabeças decapitadas dos antigos elfos que serviram a família Black. Legitimamente era bem melhor passar por eles durante a manhã, já que a noite as sombras projetadas por suas orelhas pontudas e pelos restos de seus narizes acentuados transformavam cada cabeça em algo mais assustador. Com Monstro poderia ter o grande sonho de ter sua cabeça ali, junto com a da mãe. Alvo não gostava de pensar muito como seria ter a cabeça exposta naquelas circunstâncias e muito menos durante o Natal, quando eram adicionadas barbas brancas e gorros vermelhos.
Ao chegar ao patamar da cozinha, Alvo gelou mais uma vez. Teve vontade de voltar novamente para seu quarto e forçar sua mente a dormir. A figura do homem que provocara o barulho estava agachada sobre a geladeira escancarada. Alvo poderia ter visto seu rosto com a claridade gerada pela geladeira, mas esta estava oculta pela porta da geladeira clara dos Potter. O homem vacilou e colocou mais uma fatia de queijo em seu sanduíche improvisado. Havia mais alguma coisa junto ao sanduíche...
Que audacioso! Pensou Alvo intrigado. O ladrão – além de provocar uma barulheira como aquela e roubar alguns pertences da família – agora estava preparando um mísero sanduíche com os suprimentos guardados para a viagem do dia seguinte.
Antes de tomar conhecimento de seus atos, Alvo saltou mais a frente, derrubando uma das cadeiras da mesa de jantar e chamando a atenção do homem. Ele tentou chegar à varinha, mas o garoto fora mais rápido. Girara sua própria de qualquer maneira fazendo com que a de seu oponente voasse para longe.

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