pijamas?
Seus tios chegarão em poucos minutos e os carros do Ministério não mais que
isso. Então, se não quiser ficar aqui em casa o resto de suas férias trancado
com Monstro, só saindo para ir ao Beco Diagonal para comprar seu material
didático, eu o aconselho a trocar de roupas!
–
Ah, mamãe, o que está fazendo?! – exclamou Tiago em um forçado tom de surpresa.
– Está vestindo Lílian com as cores da oposição, do inimigo!
Tiago
apontava energicamente para as roupas verdes e amarelas de Lílian. Sua camisa
era completamente amarela com pequeninas bolinhas brancas, sua saia era verde
esmeralda e as fitinhas encantadas que se prendiam em seus cabelos também eram
amarelas, porém com listras verde musgo.
–
Tiago Potter, se começar a tratar o Brasil, adversário da Inglaterra na final
do Quadribol, como um rival, você também fica
aqui em casa com Monstro, entendeu bem? – Gina se fez o mais clara possível.
–
É que sou fiel ao meu país – ele garantiu apontando para o chapéu de falsa pele
de lebre com hipogrifos correndo. Lílian abafou um risinho.
–
E você pensa em sair pelas ruas de Londres com este chapéu maravilhoso? Rápido,
guarde isso em sua mochila e nem pense em usá-lo antes de chegarmos na parte
mágica do Brasil!
Alvo
não ficou esperando para ouvir os protestos de Tiago ao seu favor. Novamente
ele mergulhou nas sombras de seu quarto e retirou do armário de quatro pés em
forma de patas de centauro as roupas que já separara para a viagem.
Ele
demorou o máximo que podia para se trocar. A cada dois minutos um grito de um
de seus parentes rompia o silêncio em seu quarto o convocando para o café da
manhã.
–
Alvo, anda logo! Seus tios já devem estar quase chegando – alegou Gina ao
finalizar o penteado de Lílian, que não parava de perguntar:
–
Falta muito para eles chegarem?
Um
pouco aborrecido, Alvo colocou o pé esquerdo de seu tênis e desceu para a
cozinha, onde Monstro já havia preparado um farto café da manhã e seu pai e
Tiago já tinham os pratos repletos de comida.
–
Tiago, eu já mandei tirar esse chapéu de hipogrifos! – bradou Gina ao descer as
escadas pouco depois de Alvo. Ela preparou o prato da filha e depois encarou
Alvo com seus olhos detalhistas. – Filho, você está passando bem? Está meio
pálido e abatido... Tem certeza de que quer viajar?
–
Claro, não perderia a viagem por nada neste mundo! – exclamou Alvo arregalando
os olhos e dando uns tapinhas em suas bochechas par que elas corassem.
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