Arquimedes
era menos sujo, mas não menos estranho. Vestia as mesmas vestes chamuscadas,
mas não tão sujas. Seu cinto era um fio de eletricidade, e os braços eram
recobertos de pulseiras de prata, elásticos, braceletes e cinco relógios
marcando horas diferentes e com visores de números, sóis, planetas e constelações.
Sua barba era igualmente grande como a de seu irmão, mas em alguns pontos ela
fumegava, mas Arquimedes já parecia estar acostumado. Ele também tinha um tique
nervoso, proveniente das incontáveis cargas elétricas que seu corpo já
recebera.
–
Bom dia meu jovem. Vocês vieram cedo – falou Arquimedes cumprimentando Tiago
freneticamente. – Sabe, o Arquimedes aqui já foi atingido sete vezes por um
raio. E sobrevivi.
–
Que pena – disse Tiago nervoso.
–
Não tem que ter pena, é uma tese. Estou mostrando que um raio cai mais de duas
vezes no mesmo lugar. Pena que eles nunca me acertaram no mesmo lugar...
–
Vocês não terão problemas para se comunicar aqui em Bruxolunga porque o Prof Kazuko
Nakamura, nosso professor de Línguas Estrangeiras.
O
Prof Nakamura vestia um robe vermelho vivo com inscrições japonesas nas bainhas
e linhas douradas nas beiradas. Seus olhos asiáticos não paravam de correr por
todos os lados analisando os novos visitantes. Tinha cabelos grisalhos somente
em alguns pontos de sua cabeça que mais parecia ter ficado careca após o
professor ter colocado uma coroa de louros.
–
Os alunos do primeiro ano primeiramente dominam as línguas mais utilizadas por
humanos. Inglês, francês, espanhol, alemão... Depois aprendemos as línguas dos
trasgos e das fadas, daí partimos para serêiaco, gigantês e grugulês. Mas nunca
consegui ensinar aos demais a ofidioglossia – explicou o Prof Nakamura à tia
Hermione, interessada na aula do professor Kazuko.
–
Nossa adorável e sempre bela professora de Feitiços, Alanis Andrade –
apresentou o diretor.
A
Profª Andrade era nada menos que uma tia Fleur, porém talvez chegasse a ser
mais bonita. Sem sombra de dúvidas que se no Brasil houvesse um ser tão
encantador quanto a veela com certeza
ele seria parente da professora. Ela tinha cabelos oleosos e castanhos, mas que
chegavam a uma tonalidade quase loira. Seus olhos eram tão brilhantes quanto a
galáxia e seu vestido parecia ter sido feito da calda de um cometa com pequenas
estrelas em forma de botões.
–
Um Weasley, não é? Como vai o Gui e suas orelhas? Espero que já tenham voltado
ao tamanho normal – disse a professora curiosa. – Acho que ele não fala muito
de mim, não é? Costumávamos nos corresponder por cartas, mas no final... Eu era
jovem, não media as conseqüências, lamento.
– Eh, vejamos... Ah, sim!
Existem dos lados da moeda e aqui em Bruxolunga nós sempre ouvimos os dois lados. Por isso temos aqui em nossa escola o
professor e
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