domingo, 27 de maio de 2012

Colégio Interno de Magia Bruxolunga, pág 15


Arquimedes era menos sujo, mas não menos estranho. Vestia as mesmas vestes chamuscadas, mas não tão sujas. Seu cinto era um fio de eletricidade, e os braços eram recobertos de pulseiras de prata, elásticos, braceletes e cinco relógios marcando horas diferentes e com visores de números, sóis, planetas e constelações. Sua barba era igualmente grande como a de seu irmão, mas em alguns pontos ela fumegava, mas Arquimedes já parecia estar acostumado. Ele também tinha um tique nervoso, proveniente das incontáveis cargas elétricas que seu corpo já recebera.
– Bom dia meu jovem. Vocês vieram cedo – falou Arquimedes cumprimentando Tiago freneticamente. – Sabe, o Arquimedes aqui já foi atingido sete vezes por um raio. E sobrevivi.
– Que pena – disse Tiago nervoso.
– Não tem que ter pena, é uma tese. Estou mostrando que um raio cai mais de duas vezes no mesmo lugar. Pena que eles nunca me acertaram no mesmo lugar...
– Vocês não terão problemas para se comunicar aqui em Bruxolunga porque o Prof Kazuko Nakamura, nosso professor de Línguas Estrangeiras.
O Prof Nakamura vestia um robe vermelho vivo com inscrições japonesas nas bainhas e linhas douradas nas beiradas. Seus olhos asiáticos não paravam de correr por todos os lados analisando os novos visitantes. Tinha cabelos grisalhos somente em alguns pontos de sua cabeça que mais parecia ter ficado careca após o professor ter colocado uma coroa de louros.
– Os alunos do primeiro ano primeiramente dominam as línguas mais utilizadas por humanos. Inglês, francês, espanhol, alemão... Depois aprendemos as línguas dos trasgos e das fadas, daí partimos para serêiaco, gigantês e grugulês. Mas nunca consegui ensinar aos demais a ofidioglossia – explicou o Prof Nakamura à tia Hermione, interessada na aula do professor Kazuko.     
– Nossa adorável e sempre bela professora de Feitiços, Alanis Andrade – apresentou o diretor.
A Profª Andrade era nada menos que uma tia Fleur, porém talvez chegasse a ser mais bonita. Sem sombra de dúvidas que se no Brasil houvesse um ser tão encantador quanto a veela com certeza ele seria parente da professora. Ela tinha cabelos oleosos e castanhos, mas que chegavam a uma tonalidade quase loira. Seus olhos eram tão brilhantes quanto a galáxia e seu vestido parecia ter sido feito da calda de um cometa com pequenas estrelas em forma de botões.
– Um Weasley, não é? Como vai o Gui e suas orelhas? Espero que já tenham voltado ao tamanho normal – disse a professora curiosa. – Acho que ele não fala muito de mim, não é? Costumávamos nos corresponder por cartas, mas no final... Eu era jovem, não media as conseqüências, lamento.
– Eh, vejamos... Ah, sim! Existem dos lados da moeda e aqui em Bruxolunga nós sempre ouvimos os dois lados. Por isso temos aqui em nossa escola o professor e

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