historiador
Henrique Rodrigues como instrutor de História da Magia e também o Prof Blimpo
Píano Crungue como professor de História de Duendidade.
O
Professor Rodrigues parecia um homem calmo e relaxado de meia idade que gostava
de curtir os feriados de sua vida como se fossem os últimos em baixo de uma
árvore lendo seu livro favorito. Alvo gostaria de saber se ele era tão chato
quanto o Prof Binns, o fantasma que lecionava História da Magia em Hogwarts. Já
Crungue era um duende que deveria ter dez centímetros menos que Lílian. Tinha
uma cara quadrada como uma caixa e cheio de calombos no cocuruto infestado
tufos de cabelo. Crungue cumprimentava cada bruxo como se eles fossem mendigos,
dando apenas dois de seus longos dedos de duende para que o apertassem.
Depois
o diretor Dumont apresentou o restante do corpo docente de Bruxolunga. A
professora de Alquimia era baixinha e redonda chamada Raimunda Souza, com olhos
saltados que deveriam tocar as lentes de seus oclinhos redondos. Trato das
Criaturas Mágicas era ensinado por Caeculo Fagundes, um bruxo careca que também
não deveria ser muito mais alto que a Profª Souza. Alvo cansou de tanto ter a
mão cumprimentada. Depois fora a professora de Runas Antigas, de Estudos dos
Trouxas, o professor de Adivinhação e de Astronomia, que mais parecia um
lunático por óvnis e a instrutora de vôo e arbitra das partidas da escola,
Profª Rosalina Fernandes.
–
Bem, já foram todos e acho que os senhores e as senhoras gostariam de se
acomodar em seus aposentos. Os senhores ficaram hospedados na torre oeste, ah,
vejamos, Aline, pode acompanhá-los até suas acomodações? Obrigado – e uma
garota de cabelos encaracolados e negros, bem mais velha que Alvo, encaminhou
os adultos a seus dormitórios. – Aline é a monitora dos Grifos.
–
Monitora de que? – perguntou Alvo com intimidade ao Prof Dumont.
–
Dos Grifos. Aqui em Bruxolunga temos três casas das quais os alunos podem ser
selecionados no início letivo. As casas são, os Grifos, os Jaguares e os
Tigres. Como podem ver os Jaguares ganharam a Taça Intercasais do ano passado –
Dumont apontou para o chafariz em forma de jaguar. – Creio que os senhores
gostariam de fazer uma excursão pelo colégio. Quem gostaria de guiar estes
jovens alunos? – ninguém respondeu. Talvez porque estivessem tímidos, ou porque
apenas não queriam ser guias turísticos para turistas britânicos. – Terão as aulas
suspensas o dia todo.
– Eu vou! – berrou um
garoto vestido de cinza que saltara do meio da multidão e, cambaleando, chegou
próximo a Alvo, Tiago, Rosa, Lílian e Hugo. O garoto era sadio, cabelos cor de
mogno e olhos escuros como a noite. Sua cara era travessa e rosada, e seus
dentes belos e perfeitos, porém um pouco amarelados. Seu nariz era meio curvo e
as mãos pequenas. Alvo nunca vira alguém como ele. – Pedro Bellinaso, terceiro
ano, Jaguares. Ah, bonito chapéu – disse Pedro indicando para o
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