chapéu
comemorativo de Tiago, porém Alvo não teve certeza se ele continha algum ciúme
escondido por entre suas palavras. – Tenho um parecido, mas são canários que
explodem e formam os nomes dos jogadores do Brasil. Eu os utilizarei durante o
jogo.
–
Meus hipogrifos cantam! – afirmou
Tiago meio corado.
–
Bem, então Pedro, leve essas crianças para passearem pela propriedade – pediu o
Prof Dumont indicando com a varinha para uma lombada de degraus que descia
suntuosamente pela montanha. – Passe pelas salas de aula, comente sobre as
matérias, mostre a Lagoa de Prata, nossos campos de esportes, mas não pense em
entrar na Floresta Sagrada nem em invadir o acampamento dos Tigres. Samuel Damascos
veio reclamar comigo anteontem depois que dois Jaguares haviam burlado as
proteções do acampamento – e completou baixinho. – Como eles conseguiram?
–
Infelizmente, senhor, eu não posso dedurar meus companheiros – respondeu
Bellinaso sorrindo furtivamente para o diretor.
–
Nobre. Terei de investigar aos meus próprios meios. Acho que o Sr Silva gostará
de mais esse desafio!
–
Quem é Sr Silva? – perguntou Rosa, quando Pedro os encaminhava para fora do
pátio.
–
Nosso zelador. Ninguém gosta dele. E ele não gosta de ninguém. Nunca soubemos
por que ele trabalha aqui em Bruxolunga nem por que nunca fora demitido. Ano
passado ele quase afogou um garoto do sétimo ano que contrabandeou bombas de
bosta para dentro de sua salinha particular.
Bruxolunga
parecia uma cidade medieval que escalava o maior pico brasileiro, o Pico da
Neblina. Nominado assim pela forte neblina mágica que ocultava a escola dos
olhos trouxas. Bruxolunga era como uma cidadezinha de calçadas de ladrilho e
pedrinhas brilhantes com largas ruas de paralelepípedos claro e áspero. Os
estudantes circulavam pela área como se fossem moradores, e cada pequena
casinha era a sala de aula e a sala particular do professor.
Algumas
salas de aula eram bem simples e nada incomuns, como a da Prof Andrade, que só
chamava a atenção devido aos estampidos vindos dos feitiços executados em seu
interior. Já a sala do Prof Arquibaldo Steinberger parecia ter sido banhada em
lodo e nascido de um pântano, com uma inacabada chaminé que expelia fumaça azul
e manchas de poções que escoriam pelas paredes.
–
O Prof Arquibaldo está tentando tampar o buraco na camada de ozônio – comentou
Pedro ao passar pela sala de aula de Poções e apontando para o fumacê azul que
serpenteava para fora da chaminé. – É pouco, mas é um bom começo.
As estufas de Herbologia
eram como as de Hogwarts, porém em um número maior, mas em tamanho menor. Alvo
e o restante do grupo guiado por Pedro
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