sexta-feira, 20 de abril de 2012

O maior erro de Kingsley, pág 8


podia ser controlada por ele, Gleeson era obrigado a pedir ajuda. Ele detestava isso. Detestava saber que era incapaz de alcançar tal objetivo, ou vencer tal inimigo. Desde garoto ele detestava quando um de seus colegas conseguia levitar a pena do Prof Flitwick mais alta que a dele ou quebrar uma quantidade maior de copos de vidro do Prof Quirrell. Mas tudo aquilo era demais para sua capacidade. A cicatriz de Jugson pulsando, a serpente que ele admitia ter visto. Parecia muito com o sonho que tivera. Aquela mulher, mais bela e atraente que Fury. Suas curvas, Gleeson não conseguia esquecer-se das curvas. Não, ele pensou com severidade, aquela mulher, por mais bela e sensual que pudesse ser, era perigosa e gostava de manipular as pessoas, é uma baita chave de cadeia. Mas o sonho não parava de atormentar Gleeson. Era como uma profecia, mas Gleeson nunca ouvira uma para ter certeza, mas estava em forma de poesia. Sim, estava. Ele se lembrava bem disso. Falava-se algo sobre o renascer do caos, da colheita das ações mais inteligentes do passado e do fruto vindo do sangue do lorde. Gleeson não se lembrava de todos os versos, mas se lembrava do último. “A Morte aguarda a árvore e o fruto, e o mundo só poderá ser salvo pelo outro”. Não fazia muito sentido, a menos que se referisse a um lenhador, ou de um cultivador de hortaliças.
Jugson fora escoltado por Cochrane e por Ackerley até a Sala de Interrogatório. O Comensal da Morte não resistira, parecia estar gostando de tudo o que acontecia. Parecia que estava tão feliz por ter implantado uma dose de desespero e dúvida na mente de Gleeson. Uma dose muito mais poderosa do que o chefe dos carcereiros implantara alguns minutos nele.
Gleeson esperava impaciente a chegada do chefe do Quartel-General dos Aurores, do Ministro da Magia e de outros dois aurores especialistas em interrogatórios. Talvez se inda existisse a Liga de Oclumêntes subordinada ao ministério... Mas Cornélio Fudge a extinguiu quando descobrira que dois membros da liga, Reinhard Lestrange e Hilario Mulciber, estavam trabalhando verdadeiramente para o temível Lorde Voldemort. Eram eles os responsáveis por torturar a mente das vítimas do Lorde, e fora com eles que Voldemort aperfeiçoara suas habilidades de Oclumência e Legilimência. Mas pensar em ter ao seu lado uma pessoa que poderia ler seus pensamentos não agradara muito à Gleeson. E se essa pessoa descobrisse seu sonho?
Durante o pouco tempo que passara com Jugson na Sala de Interrogatório, Gleeson evitou encarar o Comensal que fazia cara de lunático para os carcerários que o acorrentavam na cadeira. Felizmente, seu tempo tendo apenas Jugson, Cochrane e Ackerley como companhias fora curto.
Com um empurrão brusco e agitado, a porta da sala se escancarou e um grupo de homens chegou com passadas largas à sala. O primeiro dos homens era alto, careca e negro. Com um brinco em uma das orelhas e uma face já com certas marcas da idade. Ao seu lado estava um homem pouco mais baixo, cabelos revoltos, óculos

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