redondos, meio tortos e uma famosa cicatriz em forma de raio na testa. Pouco mais atrás dos dois homens mais importantes do Ministério da Magia Britânico estavam dois aurores de aparências bem distintas. O primeiro aparentava já ter certa idade, possuía ombros largos e uma expressão de poucos amigos. O outro era gorducho e com uma expressão estúpida e débil no rosto, como se não conseguisse guardar uma piada para si próprio até nos momentos mais sérios, sua cara era quadrada e suas feições eram bem indispostas.
– Hardcastle! O que faz aqui? – perguntou Gleeson estudando a aparência de Tito Hardcastle com rigor. – Fui específico a Murray que queria a Srª Burke aqui!
– Fique tranqüilo, McCallister – pediu Harry Potter para Gleeson, como se já soubesse tudo o que acontecera naquela noite em Azkaban. – Murray já nos colocou a par de toda a situação e nos informou que você requisitou a presença de Raquel Burke hoje. O que acontece é que Raquel está mais uma vez de licença à maternidade. Ela e Patrice terão seu terceiro filho.
– Sinto muito se minha presença não o agrada – falou Tito, debochando. – Sei que você não gosta de estar sozinho em uma sala somente com homens, mas eu era o único auror presente e acordado, no Ministério.
– Agradeço por ter me chamado – disse secamente João Dawlish, o auror de expressão sombriae costas largas.
Dawlish não simpatizava muito com Gleeson. Ele, assim como o chefe dos carcereiros, era um lobo solitário. Nunca fora o mais brilhante na escola, mas se destacara consideravelmente em sua função como auror. Porém a vida não fora justa com Dawlish, para cada triunfo próprio, outro auror aparecia com mais dois ou com algum mais louvável. Dawlish era o auror perfeito para substituir Servilia Crouch, a atual diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Servilia se distanciara definitivamente de seu cargo três anos após o fim da guerra, depois, quando Dawlish acreditava ser seu momento de glória, o cargo fora ocupado por Savage. Mas Dawlish até entendia, ficara do lado do Ministério da Magia durante a guerra (Quem com bom juízo não acataria ao seu favor?) e vira os inimigos do Ministério tomarem o poder. Dawlish conseguiu se safar. Fora interrogado por uma nova safra de aurores e acabara escapando de Azkaban assim como dois outros Comensais da Morte, Francis Crabbe e Glauco Goyle, alegando que estava sob efeitos da Maldição Imperius. Mas depois, como eles poderiam nomear Harry Potter, um garoto, como chefe do QG? E ainda convocar Gleeson McCallister, um fracassado, para comandar Azkaban? Mas finalmente eles provariam do próprio erro. Uma fuga em massa acabaria com McCallister. Era tudo que Dawlish queria.
– Pois bem, Sr Humberto Jugson - começou Kingsley Shacklebolt, o Ministro da Magia. – Segundo as informações divulgadas pelo Sr Buth Murray, o senhor fora autuado em flagrante pelo crime de fuga, tendo sido sentenciado pela Suprema
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