segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Fim da Sociedade da Serpente, pág 18


– Então, por hora, isso é tudo? – Alvo estava ansioso para deixar a sala da diretora antes que Dumbledore revelasse que ele deverá enfrentar um gigante daqui a um ano, reunir mais três relíquias da morte antes de Voldemort e derrotar uma infestação de fadas mordentes que se escondem atrás de um armário velho no Largo Grimmauld antes de tomar o café da manhã.
– Sim – suspirou Dumbledore. – Por hora – ele parecia satisfeito em dar ênfase a essa parte.
– Sr Creevey, agradeceria se pudesse encaminhar Potter a sua próxima aula – disse Snape recostando-se de forma a se mostrar superior em sua cadeira no retrato. – Ou faça como quiser. Os Potter não costumam seguir as regras mesmo... Mas isso não é mais problema meu.
Colin assentiu amedrontado. O fantasma não faria o mínimo esforço para desobedecer a ordem do diretor. Colin não gostava de ter de falar muito com Snape, nuca gostou. Nem vivo, e muito menos agora depois de morto. Ele ainda sentia calafrios do assombroso retrato do diretor guardado na sala de Filch. Colin se despediu de Snape e Dumbledore, fez um aceno com a cabeça para Alvo e atravessou a porta de carvalho.  
O garoto olhou novamente para os quadros dos diretores, os músculos do cérebro trabalhando com dificuldades, nada preocupados com os próximos dois tempos de aula com o Prof Slughorn.
Quando bateu a porta pode ouvir alguns fragmentos de uma conversa sigilosa, mas reveladora.
– Minhas teses ainda são mais solidas que as suas, mestre – falou Snape pensativo.
– Sim, mas minhas idéias ainda superam as suas, meu amigo – falou Dumbledore. – Não imaginava muito mais de Alvo. Ele se mostrou firme e leal a Colin. Como o pai faria.
– Ele é tanto quanto diferente de Harry – falou uma terceira voz intrometida. Era feminina e rígida.
– Só nas piores maneiras se assemelham, como sempre. Ele tem sangue Potter.
– Ora, Severo. Não comesse novamente! – implorou uma quarta voz, de um homem velho e rouco.
– Julgamento precipitado, Severo. O que eu já disse? – perguntou Dumbledore como se Snape fosse um menino de cinco anos que insistia em cutucar a narina esquerda. – Ele se saiu melhor que nós dois imaginávamos. Foi versátil.
– É arrogante. Eu o observei, e Creevey também. Igual ao pai.
– Você avisará aos outros? – quis saber Dumbledore, como se Snape fosse o detentor da última palavra.
– Talvez sim. Talvez não.
– Perfeito. Ah, Everardo, será que poderia chamar Servilia, por favor? Nossa conversa com o jovem Potter já terminou.
E fez se um silêncio por entre os retratos dos diretores. Sem falar, Alvo desceu as escadas giratórias, sem ousar soltar um sussurrou se quer.

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