segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Fim da Sociedade da Serpente, pág 17


– Sim – sussurrou Colin triste. E continuou sem dar oportunidade do garoto de prosseguir com seu ataque de raiva. – Mas não estive do seu lado somente por isso! É verdade que o Prof Snape me pediu que eu o vigiasse, Alvo. Eu estava preso no memorial e ele se comunicou comigo através de sua corsa. Ele me pediu que ficasse de olho em você, e conforme minha metamorfose evoluísse que começasse a lhe seguir. Salvei você do Memorial, não apenas porque tinha ordens para fazê-lo, mas também porque você era o filho de um bruxo que eu admiro muito, e que era meu amigo. E você também é meu amigo hoje, Alvo! Você me acolheu, mesmo sendo um fantasma, de maneira que pouquíssimos bruxos fariam. Você me rebatizou como o Espectro Guerreiro, eu lhe devo o meu novo nome. Voltei a te ajudar no dia em que estivera em contato de novo com a Chave, não só porque eram ordens, mas porque você estava em perigo. Alertei ao Prof Snape e ele tomou as devidas providências. Você pode não saber, Alvo, mas desde o princípio tudo fora organizado com máxima cautela. O Prof Dumbledore conhecia os riscos e sabia como trabalhar contra Yaxley. Nós sabíamos o que deveríamos fazer e como fazer. Sim, nem tudo fora como planejávamos. Não esperávamos a morte de Baddock nem que você fosse levado ao encontro de Yaxley tão cedo...
Colin olhou para Dumbledore e para Snape, esperando que os diretores falassem algo que o ajudasse a melhorar seu posicionamento junto a Alvo. Mas nenhum dos dois fizera menção em interrompê-lo. Pareciam estar gostando do que ouviam.
– Desde o início foram mais que ordens, Alvo – finalizou Colin penosamente. – Mas não espero que você acredite em tudo rapidamente. Eu gostaria, mas não espero...
– Eu não o culpo, Colin – falou Alvo, já menos nervoso. Seus ossos e músculos agradeciam em coro. – Queria ouvir suas próprias palavras. A maneira como fui apresentado aos fatos foi... chocante.
Colin lançou a Alvo um espectral sorriso branco.
– Então haverá mais como esta, correto? – disse Alvo, mas nem mesmo ele entendeu o que saíra de sua boca. – Esta não foi a única enrascada que me meti. Ainda haverá mais com o passar dos anos.
– Se o céu continuar a ser azul, se o sol ainda nascer ao leste e se Sapos de Chocolate ainda forem tão deliciosos, sim – assentiu Dumbledore objetivamente. – Talvez, e que fique bem claro que isto é apenas uma suposição, o que você virá a enfrentar, se comparado com que o que seu pai enfrentou... Bem, digamos que a segunda poderá ser um passeio pelo parque.
Isso não melhorou o ânimo de Alvo.
– Mas estou apenas supondo, Alvo – falou Dumbledore rápido, ainda sorrindo como se acabara de dizer para uma criança que ela deverá ir ao dentista.

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