segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Fim da Sociedade da Serpente, pág 16


que você será responsável por muitos feitos. A mensagem que a dríade lhe enviara é constituída da mais pura verdade. Seu destino está cravado como runas em templos antigos, como hieróglifos em tumbas egípcias.
– Quero falar com Colin – pediu Alvo largando-se novamente na cadeira. Ele sentia que mais um minuto em pé, ardendo de raiva, ele teria de ser levado em uma maca de volta à Ala Hospitalar de Madame Pomfrey.
– Severo – chamou Dumbledore –, você pode chamá-lo?
Snape assentiu. E deixou o retrato.           
No meio tempo em que ficara sozinho no gabinete da Profª Crouch com Dumbledore, o professor de barba prateada e oclinhos de meia lua permaneceu em silêncio. O rosto conservava um sorriso tanto que forçado, mas era a melhor coisa que Alvo poderia observar naquele instante. Suas veias ainda pulsavam, seu coração batia acelerado. Os dois diretores permitiram que tudo aquilo, desde a morte de McNaught até o encontro com Yaxley na gruta, ocorressem somente para lhe testar. Alvo sempre admirara os dois diretores, sempre ouvia muito bem dos dois vindo de seu pai e seus tios (mais de Dumbledore que de Snape). E Colin... O fantasma se fizera de seu amigo, mas na verdade era apenas um servo de Snape. Um como outro qualquer cumprindo ordens de segui-lo e observá-lo. E tirando o ocorrido em setembro com o Memorial de Hogwarts, Colin não fizera muito mais que apenas colocar mais informações a serem decodificadas na mente de Alvo. Ele aparecera na noite de Natal, completamente enigmático e surgira também na tarde em que Alvo estava sobre comando de Monomon, mas não revelara nada verdadeiramente útil.
Atravessando a porta, como se ela não existisse, Colin flutuou para perto de Alvo, ainda tenso agarrando os braços da cadeira. O fantasma parecia bastante encabulado e tímido, e Alvo acreditava que, se seu corpo não fosse branco-pérola, ele estaria corando.
– Como desejado, Potter – bufou Snape cansado. – O fantasma de Creevey a sua disposição.
– Alvo...
Calma – exclamou Alvo interrompendo Colin que mal tivera tempo de se explicar. – Só quero que me diga se é verdade ou não. Ok? Você fora ordenado a me vigiar? Estava nos lugares importantes, atendia aos meus chamados, por que eram ordens de Snape?
– Professor Snape – disseram Dumbledore e o próprio Snape juntos. Snape ainda teve tempo para murmurar algo como “É igual ao pai”.
– Alvo, antes de tudo...
Só me responda!­ – berrou Alvo sentindo o corpo arder novamente. Suas orelhas estavam ficando rubras e seus músculos do braço protegido pela tipóia formigavam.

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