– Primeiramente, porque o Prof Dumbledore não acha correto que um quadro tome partido nas decisões e acontecimentos do mundo bruxo. Uma atitude louvável – Monomon soltou um pigarro que mais parecia uma exclamação de “Caduco, imbecil”. – Depois, porque Dumbledore gostaria de ver seu progresso com relação à grande quantidade de fatos que lhe eram abordados.
– Mas porque todas as conspirações e atitudes giram em torno de mim? – chorou Alvo ligeiramente amedrontado. Escórpio estava a meio segundo de dizer o mesmo.
– Acredito que nem mesmo Dumbledore tenha essa resposta, Potter – respondeu Silvano, francamente. – Acredito que seu pai tenha feito a mesmo pergunta várias e várias vezes durante os anos, mesmo sendo quem é nos tempos atuais, ele ainda deve permanecer sem respostas. Algumas pessoas carregam um fardo que nem mesmo os mais sábios conseguem responder... Minha intenção, desde o princípio – Silvano mudou o tom de voz para um modo mais casual e menos sério – era apresentar a vocês o máximo de informação sobre Ambratorix, como fora pedido por Dumbledore. Quando vocês chegassem realmente perto do objetivo final, que era o diário, eu lhes guiaria para onde acredito que esteja o Olho e revelaria tudo o que já revelei. Infelizmente, nem mesmo eu ou Dumbledore ou Snape pudemos prever que outros bruxos, com intenções menos claras e benévolas, também estavam interessados em você, Potter. Se Artabano não se revelasse um traidor, não estaríamos passando por nada disso.
– Agora, quieto, Mylor! – resmungou Monomon espetando com a ponta de sua varinha as costelas de Silvano. A cada instante Alvo sentia mais empatia pelo Prof Silvano e, ao mesmo tempo, se penalizava por ter chamado-o de assassino, quando na verdade ele tentava apenas aperfeiçoar suas habilidades, de uma maneira incomum, porém válida. Silvano parecia sentir os sentimentos de Alvo, já que, sem motivo algum, o professor começara a sorrir para os próprios sapatos. – Estamos nos aproximando de nosso destino. Meu mestre não gostará de perder tempo com seus argumentos implausíveis.
– Mas afinal de contas, para que raio de lugar você está nos levando? – resmungou Escórpio impaciente.
– Como pode notar, verme Malfoy, esse túnel subterrâneo nos leva para fora do castelo de Hogwarts – começou Monomon com seu típico tom de professor. – A passagem de Sir Abraxamagos é uma passagem inútil, como você e o resto de sua família – Rosa e Alvo tiveram de agarrar os braços de Escórpio para ele não avançar contra Monomon –, são raríssimos os bruxos que a conhecem e mais ainda os que a utilizam. Coincidentemente ou não, a passagem nos leva a um local bem próximo ao esconderijo do Olho entre os Mundos e de meu mestre.
Monomon e os outros quatro pararam próximos a uma passagem recoberta por raízes de árvores enormes, cascalhos e pedregulhos de diferentes tamanhos e
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