espessuras. O professor da Aula das Corujas olhou para aquele entulho com indiferença, apontou a varinha de Silvano para o monte que bloqueava a passagem e urrou como todo o ar dos pulmões “Confringo”.
Em uma fração de meio segundo, o caminho bloqueado pelas pedras, cascalhos e raízes implodiu. Uma baforada de poeira e terra cobriu os corpos dos cinco bruxos ali presentes. A poeira grudava nos olhos forçando-os a lacrimejar. E um grande bocado de poeira invadira com tanta velocidade na boca de Alvo que ele mal pode notar o fato, somente fora obrigado a suportar uma longa sessão de tosses. A cada tosse Alvo sentia sua garganta ser arranhada por um felino muito mal educado.
– Não parem! – resmungou Monomon dando mais um cutucão nas costas de Silvano com a varinha. – Foi só uma explosãozinha.
Eles seguiram silenciosamente para fora da passagem, agora desbloqueada pelo feitiço de Monomon. Quando os cinco estavam a uma distância razoável do monte de escombros que se formara ao entorno da boca do túnel, Monomon agitou, desta vez sua própria varinha, com firmeza e gritou “Reparo”. Fazendo com que todas as pedras e cascalhos se unissem, e voltasse a bloquear a passagem, como se nada houvesse acontecido.
– Continuem andando para sudoeste – ordenou Monomon inabalável. – A passagem para o santuário do Olho entre os Mundos está logo à frente. Uns dez minutos e estaremos lá e... Ora, mas que m...
Um brilho prateado incomum irrompeu por entre as árvores, velozmente. No início, Alvo imaginara ser um Feitiço da Luz, atingindo seu máximo, depois acreditou ser alguma criatura oculta da Floresta. Mas conforme o brilho se aproximava, Alvo pode ver que ele saltava de um lado para o outro, em direção ao grupo. O brilho começava a ganhar forma e volume, parecendo cada vez mais um animal incandescente. Ele se lembrou da noite em que chegara à Hogwarts, quando além do Patrono em forma de morcego, outra criatura também surgira. E naquele momento, Alvo pode distinguir melhor suas características. Na noite de sua chegada ele acreditara que fosse um cervo, mas agora estava claro o que o Patrono era.
– Uma corça – falou ele intencionalmente como um sopro.
A corça andava pesadamente de um lado para o outro bloqueando a passagem para além a sudoeste da Floresta. Alvo pode ver a veia têmpora de Monomon voltar a pulsar com vigor e ira. A cara do professor se embrulhara em uma careta. Ele tentou avançar, e a corça fincou as patas com firmeza no chão. Ela ameaçava o professor.
– Você é realmente bem astuto, hum? – gritou Monomon em um tom lunático. – Se enganou o Lorde das Trevas, realmente é um bruxo versátil em grande magia. Mesmo depois de morto consegue conjurar um patrono corpóreo.
– Devo isso a meu mestre – respondeu a voz de Severo Snape, vinda da corça.
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