– E o que você pretende fazer, Sherlock Homes? – perguntou Rosa irritada.
– Sugiro darmos um tempo. Esperar Silvano e McNaught darem o próximo passo.
– Então quer deixar os dois seguirem impune até que um ressuscite Voldemort e o outro Grindelwanld – retrucou Escórpio irônico.
– Disse para não cutucarmos demais a ferida. Não deixar de observá-la. Acho melhor não darmos a nossos queridos professores mais motivos para desconfiar de nós – Alvo abaixou sua voz. – Já foi muito arriscado ouvir a conversa dos dois. Será melhor que eles acreditem que na verdade foi somente o vento quem provocou o barulho na noite do Dia das Bruxas. Em minha opinião, deveríamos somente ficar observando-os com mais atenção, mas sem dar muita bandeira.
– Tem certeza do que está falando, Potter. Não quero voltar para casa gelado em cima de uma mesa.
– Se me conhece só um pouquinho... – começou Alvo erguendo o olhar para Escórpio e rebatendo uma chuva de morangos com seu exemplar de Guia de Transfiguração para Iniciantes. – Já deveria ter percebido os mil motivos que dei para não confiar no que digo.
Os últimos quarenta minutos a aula de Transfiguração foram suspensos a partir do momento em que o Barão Sangrento atravessou as paredes da sala de aula a todo vapor berrando xingamentos e ameaças para Pirraça, que se encolhera em um canto da sala atrás do Morangueiro Revoltado. Já haviam contado a Alvo que o único ser no mundo, vivo ou morto, capaz de controlar o poltergeist irritante e inconveniente era o Barão Sangrento. Mas nunca contaram a Alvo como ele o fazia. E pelo jeito não era nada muito agradável de ver, pois os alunos foram evacuados pelo Sr Filch e pela Profª McGonagall para fora da sala. Poucos minutos depois o Prof Longbottom adentrou a sala disposto a controlar o Morangueiro sem danificá-lo, pois o professor ainda possuía esperanças de cultivar uma espécie bela como aquela em suas estufas.
Os treinos realizados por Erico naquela quarta-feira não foram muito diferentes dos realizados nos dias anteriores. Porém algo alegrava o capitão. Segundo ele, um grande fã da rádio filial do Sistema de Controle e Observação Climática dos Bruxos, o domingo seria de sol, porém com fortes rajadas de vento frio e possíveis trombas d’água – algo muito comum no inverno – similar ao que se apresentava naquela quarta-feira. Erico reforçou sua impecável formação dragão, e corrigiu os erros de posicionamento de seus companheiros. Alvo, como de costume, fora observado pelos olhos atentos a detalhes de Demelza e de uma admiradora que ele desconhecia.
Mesmo tendo perdido sua vaga na equipe da Sonserina, Sara Aubrey não demonstrava nenhum sinal de inveja. Alvo concluíra que, ou ela não guardava mágoas dele ou a terceiranista era uma excelente atriz e esperava o melhor momento para envenenar o suco de abóbora matinal do apanhador. Alvo preferia à primeira.
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