domingo, 11 de setembro de 2011

O Segredo de McNaught, pág 25


– A Profª Crouch pediu para que eu a aguardasse – falou Alvo, um tanto temeroso. – Ela quer ouvir minha versão do... – Alvo se conteve, não esperava que o antigo diretor fosse a melhor pessoa para desabafar. – Não ira arrancar nada de mim.
– Hum – pigarreou o retrato. – Já era hora de você voltar a este escritório. São todos iguais... Todos os Potter são sempre a mesma coisa. Todos são arruaceiros, quebram as regras, prejudicam aqueles que nada têm a ver com suas armações. Não perca seu tempo perguntando quem eu sou. Nem pergunte o porquê de eu ter tanto desprezo pelo nome Potter. Entretanto sua resposta foi mais honesta que a de seus parentes.
– O senhor está errado – silvou Alvo com veemência.
– Não tente iludir-me. Sou muito mais safo do que você, jovem – Snape fez uma pausa. – Tem sorte de não ter-me como seu diretor. McGonagall, Crouch, nenhuma das duas seria capaz de arrebatar a verdade de dentro de um Potter como eu. Sou o único que poderia conquistar algo que uma legião de professores tenta.
– Então, sorte a minha que você não é meu diretor – Alvo pensou em dizer que a sorte era por Snape estar morto e enterrado a mil quilômetros de distância dele. Mas então se lembrou do grande respeito que seu pai demonstrava quando mencionava o antigo professor de Poções. Lembrou-se também do que ele havia lhe dito na plataforma no dia primeiro de setembro. E de seu nome do meio, Severo, uma homenagem ao homem mais corajoso que Harry Potter conhecera.
– É bom que pense assim – Snape ensaiou o que mais parecia um sorriso. – Seu pai não diria o mesmo. Talvez, mesmo eu sendo um retrato, diria que eu não teria problemas em arrancar alguns pontos da Grifinória. Também diria que eu protegia os sonserinos. Típico preconceito grifinório. E falsas alegações vindas de alguém que sempre vivera por baixo das asas de alguém mais forte. Deve pensar o mesmo. Que sua Grifinória ainda é injustiçada por nós da Sonserina.
– Não – disse Alvo, para espanto de Snape. – Nunca vi nossa Sonserina arquitetando maneiras de injustiçar a Grifinória. Talvez não seja isto que meu irmão mais velho diga. Mas é o que eu acho.
Você não é da Grifinória? – Snape parecia não acreditar em seus ouvidos como se algum artista houvesse pintado em seu quadro ceras de ouvido mágicas.
– Não. Eu, Alvo Severo Potter, sou da Sonserina – Alvo sorriu para o retrato do diretor.
– Parece que eu errei meu conceito com relação à família Potter – Snape parecia desolado com a revelação. – Tal pai, tal filho. Pelo que vejo é mais que isso. Um Potter freqüentando minha casa. Algo, consideravelmente anormal.
– Eu não diria que “anormal” seria o adjetivo mais qualificado para me classificar como sendo da Sonserina – disse Alvo com perseverança. – Me identifico com a Sonserina. Talvez mais do que com a Grifinória. Tenho amigos em minha casa, e

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