domingo, 11 de setembro de 2011

O Segredo de McNaught, pág 26


também nas demais. Acredito que eu seja um sonserino de sangue Potter. Aquele que pertence a uma casa, a muito vista com maus olhares, mas que não tolera certos títulos e rótulos utilizados por alguns de meus contemporâneos.
– Como? – quis saber Snape.
– Como as variações de sangue-puro e “sangue-ruim” – Alvo mal notava, mas geralmente, em seus pensamentos mais profundos e obscuros, ele utilizava a característica de “sangue-ruim” contra aqueles que lhe causavam dor e sofrimento. Assim como a família trouxa que demoliria a Toca.
Nunca, repita estas palavras em minha presença, Potter! – rosnou Snape severamente. – Mesmo que pertença a minha casa não pode dar-se ao luxo de olhar para mim e dizer tudo o que pensa. Pode ser sonserino, mas ainda é um Potter! Tem bastante de seu pai ai dentro. É arrogante, egoísta! Quem sabe minha teoria sobre vocês não esteja tão incorreta. Mesmo sendo de casas distintas vocês ainda são Potter! E merecem uma atenção especial.
– O que quer dizer com isso?
– Nada – sussurrou Snape como se acabasse de perceber que sua língua o traíra. – Mais tarde saberá. E espero não ser por mim.
Snape não pensou duas vezes antes de dar as costas para Alvo sem ao menos se despedir. O retrato do diretor de cabelos sedosos deixou sua cadeira e abandonou seu quadro de Hogwarts. Novamente Alvo ficou sozinho, sem nenhum diretor que realmente valesse apena conhecer (o diretor Fineus Black não estava em seu costumeiro quadro).
Quando o ponteiro menor do relógio preso perto a escrivaninha da Profª Crouch se aproximava das dez horas na noite, Alvo estava convencido de que os outros haviam esquecido de que o garoto estava no gabinete da diretora. Provavelmente Madame Pomfrey havia curado o intruso e para comemorar todos os outros envolvidos haviam ido à cozinha para comemorar. Alvo gostaria de estar presente no banquete, pois sua barriga roncava de fome com tanta intensidade que o Chapéu Seletor, adormecido, parecia estar sendo incomodado por seu ranger. Já eram dez e vinte quando a porta do escritório de Crouch se abriu. A Profª McGonagall adentrara de cabeça baixa, seu chapéu cônico preso por entre suas garras felinas. Atrás dela estava a Profª Crouch, e mais atrás Rosa e Escórpio – que ainda mancava. Todos com uma aparência abalada e tristonha. Com certeza nenhum deles havia voltado de um banquete.
– Então, o que houve? – quis saber logo Alvo, curioso.
Rosa desmanchara em lágrimas e Escórpio fora obrigado a ceder seu ombro para que a garota pudesse chorar. McGonagall continuara calada e fria. Já Crouch fora a única que tivera coragem de encarar Alvo.

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