A gárgula parecia feliz em poder liberar a passagem sem ter seus membros de pedra destruídos. McGonagall e Alvo saltaram para junto das escadas de caracol e esperaram, impacientes os degraus mágicos rodopiarem como uma escada rolante de um Shopping Center trouxa. Quando Alvo e McGonagall chegaram à porta de carvalho com aldrava em forma de grifo, a professora se adiantou passando a frente de Alvo a todo vapor. O garoto cambaleou quando a Profª Minerva o atingiu. Alvo esperava que sua professora de Transfiguração batesse na porta e esperasse que sua colega e diretora a atendesse, mas McGonagall não hesitou. Meteu a mão na maçaneta e escancarou a porta do escritório da Profª Crouch.
– Minerva?! – reclamou a diretora arregalando os olhos para a vice-diretora que se adiantara e, com passos largos, entrava sem consagrações pelo escritório. – Potter, o que estão... Que vestimenta é está Potter? O senhor está... Não vêem que estou em uma reunião?!
Alvo mal reparara, mas a diretora não estava sozinha. Em uma cadeira bem confortável, colocada cautelosamente bem à frente da escrivaninha da diretora, para que seu convidado não perdesse o foco da conversa, um homem estava sentado. Esticando o pescoço para poder ver quem eram os dois invasores, o homem pode mostras suas feições sarcásticas e gozadoras. Ele possuía cabelos castanhos e longos, um cavanhaque mal aparado e uma barbicha rebelde, seus olhos eram negros como um corvo e a maneira como ele prestava atenção nos fatos e detalhes ao seu redor, lembrava uma coruja, girando sua cabeça para observar tudo o que acontecia à sua volta.
– Servilia, desculpe-me pela intromissão... Este deve ser o novo professor que mencionou.
“Novo professor!”, pensou Alvo curioso.
– Precisa saber o que Potter alega ter presenciado – a Profª McGonagall começou a relatar a diretora tudo o que ela ouvira de Alvo. A expressão severa e amofinada Crouch foi deixando seu rosto aos poucos. No lugar destas o espanto tomou seu rosto. O cenho estava comprimido e seus olhos olhavam atentamente o movimento do maxilar de McGonagall. Uma veia em seu pescoço pulsava mais rápido. Crouch estava completamente assustada.
– Isto é, isto é... – a diretora parecia procurar palavras para poder formar uma frase com sentido. Uma gota de suor frio escorria por sua testa. – Inacreditável. Um professor falso. Alguém estava se passando por Epibalsa! Isto é o fim. Amanhã mesmo o ministério estará mandando uma bateria de aurores para revistar o castelo. Os repórteres do Profeta virão logo em seguida e não poderei impedi-los de entrar no castelo. Meu nome na capa do jornal... É um desastre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário