trouxas. Como vocês podem ver, a literatura é, também, uma maneira de integração entre este mundo e o mundo trouxa.
– Isso só prova que trouxas não têm criatividade – rangeu Héstia Pucey para outra garota da Sonserina. – Não conheço histórias bruxas que os copiem. Afinal, não há nada que mereça ser copiado.
Vários outros descreveram à classe seus contos favoritos. A grande maioria era familiar aos ouvidos das crianças com conhecimento do mundo bruxo, mas algumas outras passavam completamente despercebidas por Alvo. Mas o que mais estava irritando Alvo era que, por mais que ele esticasse seu braço – o que provocaria dores no dia seguinte – a Profª Revalvier mal o notava. Mais parecia que ela o ignorava de propósito.
– A Fonte da Sorte – disse Ísis terminando a bateria de contos exclamados e berrados pelos alunos.
– Uma notável menção a um dos contos do muito conhecido escritor Beedle, o Bardo. De fato, todas as menções feitas por vocês são de famosos contos muito populares entre a comunidade bruxa. E o que mais nos agrada é que cada um possui sua maneira de contar os contos para quem os ouve. Cada bruxo ou bruxa possui uma versão nova de cada conto. Geralmente passada de geração há geração...
Alvo sentiu que aquela era sua deixa. Mais um segundo e a Profª Revalvier poderia se perder novamente dentro de cada linha dos livros que ela conhecia. Sem rodeios, Alvo se precipitou e ergueu bruscamente seu braço. Aquela seria sua última tentativa de chamar a atenção da professora...
– Sim, Sr Potter.
– Professora, há alguns anos, um conhecido de meu pai mencionou uma história muito antiga e rara de se encontrar – mentiu. – Ele havia sim tomado algumas doses a mais de uísque de fogo, mas acredito que tal conto seja verídico. Professora, talvez a senhora pudesse nos contar algo sobre O Conto do Bruxo Linguarudo?
O rosto de Revalvier se iluminou como se depois de muito tempo algum aluno finalmente tivesse coragem em pronunciar as palavras que a professora tanto sonhava em ouvir. Cordialmente, Revalvier se encostou a sua escrivaninha e começou a percorrer com o olhar os livros que ela continha em sua sala.
– Como você mesmo disse, Sr Potter, O Conto do Bruxo Linguarudo é, de fato, um conto muito raro de seu ouvir falar. Existem muitas formas de contar esta história. Existem mentiras envolvendo este conto, além de palavras de baixo calão. Mas no final das contas todas partem do mesmo princípio e sempre terminam no mesmo fim. Não fui muito familiarizada a este conto, Sr Potter, mas não é por isso que eu o desconheço. Assim como O Cântico, o autor de O Conto do Bruxo Linguarudo é desconhecido. Todavia existem lendas de que o próprio Bruxo Linguarudo foi quem a
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