domingo, 11 de setembro de 2011

O Conto do Bruxo Linguarudo, pág 11


prateleiras da sala de aula. – Nunca poderíamos estudar toda a história envolvendo a Literatura Mágica em tão pouco tempo. Um estudo detalhado sobre tal custaria no mínimo duas vidas! O que talvez não fosse o suficiente... Nós não iremos desvendar nem dois décimos de todas as obras existentes. Iremos aprofundar-nos, nos diferentes universos criados para nós. Explicitando datas e eras a fim de especificar os tempos de que elas provêem. Há muitas pessoas, bruxas e trouxas, que acham que literatura é algo vago. E que um livro não é nada mais do que palavras escritas aleatoriamente para divertir as pessoas ditas “chatas”. Aqueles que dizem isso são pessoas hipócritas, desafortunadas e sem cultura, que nunca foram apresentadas a verdadeiras obras literárias, as quais possuem o poder de criar novos mundos e usar nossas mentes como um projetor invisível. Essas pessoas são seres limitados a “A raposa e o sapo” ou “A Varinha e o Caldeirão”. Com sorte, eu farei com que vocês, alunos, mergulhem com satisfação dentro de cada parágrafo contido nos livros. Talvez, as histórias aqui apresentadas se misturem com nossas vidas sem emoção ou vice versa. E não me refiro somente aos livros da Seção Reservada que precisam ser acorrentados para não saltarem em suas cabeças.
Uma breve marola de risadas silenciosas e respeitosas invadiu os ouvidos da professora, que as retribuiu com um sorriso ameno.
– Começaremos nossas aventuras literárias a partir das menores, porém mais importantes formas de contos e histórias. Ao em vez de iniciarmos nossas aulas com uma famosa festa, como O Cântico, ou um clássico literário, começaremos com algo mais accessível a suas mentes iniciantes ou até ignorantes. Necessito de voluntários! Alguém se arrisca a revelar-nos qual é seu conto favorito de infância?
Naquele momento Alvo estava pronto para botar seu plano em prática. Ele queria ser o primeiro caso o conto que ele planejava lançar a professora fosse longo. E Alvo não queria ser interrompido pela sineta. Porém algo que Alvo não acrescentara em seus planos ocorreu. A quantidade de alunos que se voluntariaram a revelar suas histórias favoritas era muito maior do que o garoto imaginara. Talvez a Profª Revalvier nem notasse o braço ansioso e apreensivo de Alvo.
As Crônicas das Verruguentas e Narigudas Velhas Resmungonas – disse Irene com as bochechas enrubescidas. – Era minha favorita, quando pequena.
– Uma antiga história sobre três envelhecidas mestras da magia que levavam condimentos mágicos para uma feira trouxa. Um excelente exemplo, Srtª Mcmillan. Mais algum?
– Eu gostava de João e o Pé de Feijão. Sabem: do menino que encontra feijões mágicos e acaba na casa de um gigante – disse timidamente Kevin Marsten, o menino nascido-trouxa da Corvinal. – Também tem As Viagens de Gulliver.
– Estes são exemplos clássicos da literatura trouxa, Sr Marsten – afirmou a professora sorrindo. – Belos exemplos de que a magia está presente nos contos dos

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