domingo, 11 de setembro de 2011

O Conto do Bruxo Linguarudo, pág 02


– Não é para você ficar desse jeito – resmungou Rosa abaixando a voz. – Só que, é Hogwarts, um dos lugares mais seguros do mundo. Todos os livros dizem isso...
– Você mais do que ninguém deveria saber que Hogwarts já não é mais tão segura quanto quando era a centenas de anos – interrompeu Alvo cerrando os dedos contra o garfo de prata. – Uma pessoa culta como você deveria saber que depois da batalha de dezenove anos atrás as defesas da escola já não são mais as mesas! Pergunte a Ralf, ou passe pela orla da floresta nas manhãs de quinta-feira, se você encontrar o pai dele, pergunte porque ele trabalha aqui! Ele é quem fortifica as barreiras mágicas da escola. Todos deveriam saber disso, Rosa, ou qualquer um que leia Hogwarts, uma História.
– Só estou dizendo... – Rosa gaguejava muito, nunca fora contestada por alguém como fora por Alvo. Suas orelhas estavam vermelhas. – Alvo, você não devia estar na sala do Prof Silvano. Era para você estar na festa do Dia das Bruxas.
– Você está os defendendo? – Alvo se erguera. Toda sua moleza e cansaço haviam abandonado seu corpo, ele fuzilava Rosa com o olhar. – Então sugere que fiquemos de braços cruzados!
– Não estou defendendo-os! – chorou Rosa com os olhos molhados com uma expressão de vergonha. – Só não consigo imaginar nossos professores envolvidos em algo desta proporção!
– Mas Hogwarts não é um lugar protegido de professores malucos e cretinos – afirmou Escórpio dando de ombros. – Voldemort esteve aqui durante um ano, possuindo outro cara, mas dá no mesmo. Depois teve a tal da Umbridge, os Carrow e ainda teve o lobisomem. Vocês não sabem do que papai me contou sobre...
– Não chame Remo de cretino! – urrou Alvo socando a mesa.
Os olhos de todo o salão se voltaram para o garoto, que poucos segundos depois de ter esmurrado a madeira da mesa deu-se conta de como estava descontrolado e como tratara seus amigos, somente uma palavra pode sair de sua boca.
– Desculpem-me – sussurrou Alvo voltando para sua cadeira, o rosto mais vermelho que as orelhas de Rosa. – Desculpem-me. Eu dormi mal esta noite, e toda essa história de Silvano e McNaught... Eu não sei o que fazer...
– Conte a Crouch! – disse Rosa como se aquilo fosse a questão mais fácil de uma prova.
– Não! – contestou Alvo. – Não tenho provas. É a minha palavra contra a de dois professores. Crouch pode achar que estou mentindo ou que quero chamar atenção de todos. E Silvano e McNaught sabem que alguém os espionou, e se eu começar a contar isso a todos, vão saber que fui eu! Estarei morto por uma semana!
– Logo vocês, filho de quem são, até agora não pensaram o mesmo que eu? – Escórpio parecia perplexo com a falta de imaginação de Alvo e Rosa. – Pense no que seus pais fariam. E eu duvido que a resposta seja: contar a diretora. Eles começariam

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