domingo, 4 de setembro de 2011

O Artesão Esquecido, pág 12

mais perigoso, bem, eh, mais adorável. Hagrid já criou desde tronquilhos e pufosos até bebês dragão e acromântulas. Alvo sabe como é, não sabe, Al?
– Ah? – gemeu Alvo, disperso.
Alvo estava interessado na árvore apontada por Hagrid como a mais velha da Floresta Negra. Foi como se Alvo já estivesse passado por ali – o que era verdade já que Hagrid guiava a turma para a ilhota cercada por água enlameada desde a primeira semana de outubro – mas Alvo sentia como se já estivesse visto aquela árvore sozinho, sem a companhia do professor. Mesmo que somente em um sonho...
–Ei, Potter! Será que dá para mergulhar suas mãozinhas em nosso jantar? – quis saber Escórpio irritado.
– Desculpe.
Depois que a ilhota das lesmas amarelas que soltam pus e boa parte dos arredores da Floresta Proibida já estavam empesteados pelo forte cheiro do sangue de cabra e da carne estragada. Hagrid levou a turma de volta para o celeiro onde todos, com muito prazer, lançaram suas luvas em um grande tanque de pedras polidas, para que repousassem sobre a água e eliminassem o cheiro da carne. Assim que as luvas voltaram a seus habituais odores, Hagrid liberou os alunos a pegarem suas mochilas e mergulharem por debaixo de uma triste e sonolenta chuva que caia sobre os terrenos da escola.
– Alvo, Rosa, poderia dar uma palavrinha com vocês? – pediu Hagrid abrindo espaço entre os alunos que deixavam o celeiro, seguindo em direção aos estábulos onde ele guardava alguns hipogrifos, unicórnios e criaturas híbridas que Alvo não se incomodara em continuar sem saber seus nomes.
Rosa e Alvo falaram para Escórpio seguir seu caminho até a classe de Defesa contra as Artes das Trevas.
– Vocês parecem ter se enturmado bem, hum – disse Hagrid lançando a um hipogrifo o cadáver de uma doninha. – Principalmente com Malfoy, o que é claro, me surpreendeu.
– Escórpio não é dos piores – disse Alvo admirando o hipogrifo estraçalhar os restos da doninha com seu afiado bico. – Acredite, por baixo daquela carapaça loira que ele chama de cabelo, existe um garoto legal que só quer mostrar seu valor.
– Alvo está certo – confirmou Rosa sem poder impedir que um sorriso tomasse seu rosto. – Por mais que eu tenha vontade de socar o rosto dele algumas vezes, Escórpio pode ser muito mais legal do que Eugênio e Henry.
– Eu acho ótimo que vocês estejam se dando bem – murmurou Hagrid agachando-se para poder ver melhor os rostos radiantes de Alvo e Rosa. – Espere, Rivaldo! Você já comeu sua doninha! Não pode sair do regime que a Profª Minerva lhe passou.
O hipogrifo que Hagrid acabara de alimentar bicava a juba do professor e piava tentando alcançar as outras doninhas na mão de Hagrid.

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