Outubro deixara Hogwarts da mesma maneira que chegara, com dias muito frios de sol fraco e gelado com tardes insuportavelmente cinzas e para completar dias chuvosos e frios, o que geralmente forçava a Hagrid dar sua aula de Trato das Criaturas Mágicas dentro do grande celeiro de pedras que ele montara há alguns anos. Mesmo que o professor gigante não gostasse de não poder usufruir dos muitos hectares da Floresta Negra para mostrar aos alunos os mais esquisitos e perigosos vermes que possuía, Hagrid dava seu jeito de trazer suas lesmas amareladas lançadoras de pus para dentro do celeiro e essa fora a tarefa dos primeiranistas sonserinos e grifinórios naquela sexta-feira do Dia das Bruxas.
Hagrid espalhara grandes barris de uma mistura de carne moída, pedaços de vermes menores; ervas emprestadas do Prof Longbottom e uma borrifada de sangue de cabra. Depois guiou os primeiranistas sonserinos e grifinórios até uma pequena ilhota dentro da Floresta Negra, onde Hagrid hospedara suas lesmas fedorentas desde o início do ano. Sempre à frente, empurrando seu carrinho de mão lotado com barris de comida, Hagrid apontava para vários cantos da floresta, indicando onde os animais gostavam de se esconder.
– Ali, mais a oeste, encontra-se uma tribo de centauros – disse Hagrid contornando um enorme carvalho com certa dificuldade por causa do carrinho de mão. – Se não me engano esta tribo em questão é liderada pelo centauro Firenze. Um centauro muito honroso. Chegou a ser professor em Hogwarts durante alguns anos. E ali está a árvore mais antiga da Floresta Proibida. Reza a lenda de que ela fora plantada pelo próprio Merlim em pessoa – Hagrid soltou uma gargalhada. – E aqui estamos. Coloquem suas luvas e metam a mão nos barris, queremos que as lesmas sintam o cheiro da comida.
– E por que queremos isso? – perguntou Rosier mostrando profunda insatisfação com a tarefa.
– Porque este é o único meio que vejo das lesmas seguirem o caminho até o celeiro. Se elas sentirem o cheiro forte da carne espalhada por uma trilha até o celeiro, chegará tão rápido que poderemos estudar sobre elas na próxima semana.
– É eu não posso perder! – resmungou Montague mergulhando sua luva na mistura feita por Hagrid.
– Que nojo! – chorou Pucey fechando os olhos lacrimejantes. – Isso fede tanto.
– É, não sei como um bichão como esse poderia não sentir um cheiro como este! – exclamou Escórpio bastante insatisfeito em ter que mergulhar suas novas luvas de couro de dragão na mistura fedorenta de carne. – Afinal, por que queremos que esses bichos nos sigam até o celeiro? Será que Hagrid não ficou satisfeito quando Creevey perdeu o controle sobre aquelazinha e o pus jorrou para todo o jardim da cabana?
– Hagrid gosta desses animais – disse Rosa defendendo o amigo gigante, porém amarrando a cara quando mergulhou suas mãos no barril. – Para ele quanto maior e
Nenhum comentário:
Postar um comentário