domingo, 19 de junho de 2011

O Memorial de Hogwarts, pág 11


– Vocês não precisam se apresentar. Já ouvi bastante a respeito de vocês, principalmente do magricela. Alvo Potter, não é? – Lucas lançou outro olhar de jogador de xadrez para Alvo pouco antes de voltar a desfazer seu malão – Não é difícil identificá-lo, Alvo. Como dizem você é igual ao seu pai, quando criança, e eu já vi várias fotos dele. Agradeço isso a meu pai, ele é escritor e tem de escrever livros e livros sobre a recente História da Magia. Humpf, recente... Quero dizer de cem anos até hoje. E o ruivo, simples... Não é um Weasley porque nunca viverei para ver um na Sonserina. Logicamente, você deve ser o famoso Prewett, estou certo?
Famoso? – repetiu Isaac, abobalhadamente.
– Qualquer um que tenha laços familiares com os Potter podem se chamar por famosos. Diferente de você Prewett eu tenho uma boa mente e uma memória fotográfica. Se alguém como você, por exemplo, me pedisse para passar o molho de churrasco eu me lembraria de seu rosto por, no mínimo, uma semana. Ou seja, tão sedo não me esquecerei que estava ao seu lado durante o banquete de início de ano e que você contou para Alvo e para Nott sobre sua árvore genealógica. 
Naquele momento Alvo concluiu que Lucas poderia ser um bom amigo, sempre disposto a enfrentar qualquer linha de frente para proteger um companheiro, contudo percebeu que ele era um tipo de pessoa que sempre gosta de fazer as coisas da maneira correta. Sempre tentando agir dentro das regras e das leis, mas que não pensaria duas vezes antes de sacrificar todos os seus peões para poder proteger o rei.
Antes que Isaac pudesse fazer novas, longas e difíceis perguntas para Luca, a porta do dormitório se abriu. Dois meninos bem distintos entraram sorrateiramente no quarto. O primeiro era quase tão alto quanto Lucas, tinha cabelo negro e ralo e pele negra. O outro era dentuço e feio, possuía um par de olhos meio esbugalhados e um sorriso – mesmo que amigável – muito desagradável.
– Tem espaço sobrando? – perguntou o garoto negro olhando freneticamente para as duas camas ainda arrumadas.
– Dois galeões por pessoa. – disse Isaac dando um salto e estendendo a mão para os novos companheiros – É a taxa.
O garoto negro revirou os olhos e fingiu não ter percebido a presença de Isaac. Alvo notou que o menino moreno não se dirigia a Isaac ou Lucas, e sim a ele, Alvo.
– Digam seus nomes e espalhem sua bagunça. – respondeu Alvo abrindo o seu malão e jogando seus pares de meias, dentro do criado mudo chato ao lado de sua cama.
– Zabini. – respondeu o garoto em tom rígido – Antônio Zabini.
– E eu sou Perseu. Perseu Flint. – disse o dentuço.
Rapidamente Alvo estudou a fisionomia dos dois novos colegas de dormitório e não demorou muito para ele perceber as semelhanças entre os dois primeiranistas e seus respectivos pais. Antônio tinha a mesma aparência severa e rígida de seu pai,

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