Os olhos e músculos de Alvo latejavam, sua vontade de seguir o conselho da diretora Crouch em ir para seu dormitório e testar os novos Feitiços de Relaxamento lançados sobre as camas, era tentadora. Quando ele fez menção em subir às escadas se surpreendeu com o grande número de colegas primeiranistas que também o fizeram. Somente um pequeno grupo de novos sonserinos permaneceu na sala comunal. A maioria deles possuía irmãos ou irmãs, primos ou primas mais velhos e já enturmados entre os sonserinos. Os demais primeiranistas seguiam em uma caça implacável para conseguir os melhores quartos reservados a eles. De repente, Alvo sentiu um forte aperto no ombro direito e sentiu seu corpo ser puxado para trás. Em menos de dez segundo ele havia sido empurrado para dentro de um dos dormitórios pela figura maliciosa de Isaac Prewett.
Depois de piscar várias vezes os olhos para que estes se adaptassem a nova claridade do dormitório, Alvo percebeu que perto deste a sala comunal era um excelente lugar para se morar. O dormitório masculino da Sonserina era um lugar grande, frio e macabro, mas que com o tempo poderia ser tornar um lugar aconchegante para se dormir. O chão parecia ser submerso em quanto o teto era baixo e iluminado por lanternas em formas de sinistras gárgulas; várias cabeças empalhadas de criaturas das trevas e elfos domésticos eram ostentadas como prêmios de grandes e vitoriosas caçadas; as janelas, que refletiam a luz submersa da lua, eram bem grossas e com vitrais de bruxos ostentando grandes vitórias contra criaturas gigantescas e contra trouxas aparentemente idiotas. As camas eram grandes e confortáveis, imaculadamente arrumadas e engomadas. Cortinas verdes escorriam pelas bases das camas possibilitando que aquele que estivesse na cama pudesse se esconder dos demais companheiros.
– Eu também me assustei. – admitiu Isaac ao perceber que a atenção de Alvo também fora chamada pela estranha e irregular cabeça de elfo entalhada poucos centímetros à cima do banheiro – Eles levam tudo muito a sério.
– Mas é melhor se acostumar. Meu pai, disse que nos dormitórios do quarto ano há cabeças de dragão reais! – disse um alto e loiro que Alvo não havia notado. – Ah, desculpem, Pritchard... Lucas Pritchard.
Lucas saiu de perto de sua inocente cama e se dirigiu ao encontro de Alvo e Isaac. Timidamente Lucas estendeu a mão para os dois e sem pestanejar apertou a dos dois companheiros. Lucas era alguns centímetros mais alto que Alvo, possuía cabelos loiros arrepiados e um sorriso malicioso no rosto. Alvo pensou que Lucas era um exímio jogador de xadrez, pois ele os encarou como um jogador que estava prestes a dar xeque-mate no oponente e Alvo conhecia este olhar, já o vira várias vezes vindo do tio Rony e de Rosa, durante as frustradas tentativas de Alvo em vencê-los em uma partida de xadrez de bruxo.
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