– Tiago, dá um tempo! – pediu Gina já familiarizada com as discussões entre os dois filhos.
– Eu só disse que ele talvez fosse. – afirmou Tiago tentando se defender, mas sem conseguir ocultar seu riso de implicância – Não vejo problema nisso. Ele talvez vá para a Sonse...
Sem pensar duas vezes, Gina lançou ao filho mais velho seu famoso olhar severo de desaprovação. Tiago, por sua vez – já familiarizado com tal olhar – calou-se. A família Potter já se aproximava da barreira encantada que dividia as estações. Tiago olhou por cima do ombro para o irmão mais novo e lançou-lhe, ligeiramente, um sorriso provocante. Ele apanhou o carrinho que a mãe levava e saiu correndo, atravessando a barreira e separando-se, momentaneamente, do resto da família.
– Vocês vão escrever para mim, não vão? – perguntou Alvo rapidamente aos pais, aproveitando a momentânea ausência de Tiago.
– Todo dia, se você quiser. – respondeu Gina lançando a Alvo seu sorriso confortante, porém bastante acalorado.
– Todo dia não – replicou rapidamente Alvo, já ciente das intenções da mãe de mandar uma coruja carregada de cartas por dia – O Tiago diz que a maioria dos alunos recebe carta de casa mais ou menos uma vez por mês.
– Escrevemos para Tiago três vezes por semana no ano passado. – contestou Gina ainda com esperanças de persuadir o filho até ele aceitar em receber cartas do Largo Grimmauld duas vezes por dia.
– E você não acredite em tudo que ele lhe disser sobre Hogwarts. – acrescentou Harry verificando rapidamente o horário no grande relógio da estação – Ele gosta de brincar, o seu irmão.
Juntos, eles empurraram o outro carrinho com mais força e assim, ganharam mais velocidade em direção a barreira encantada. Alvo fez uma careta quando estavam muito próximos da formação de pedras, mas assim como no ano anterior quando Alvo foi embarcar Tiago para seu primeiro ano na escola, a colisão não ocorreu. Ele apenas deslizou sobre a barreira e quando abriu os olhos já estava na plataforma nove e meia, frente a frente com a locomotiva carmesim que transportava os alunos até Hogwarts. Estava difícil distinguir os rostos das famílias que se movimentavam de um lado a outro da plataforma, culpa da densa fumaça clara que saia do Expresso Hogwarts. Fumaça que já havia engolido Tiago.
– Onde eles estão? – perguntou Alvo, ansioso, apertando os olhos para tentar distinguir os vultos que avançavam desordenadamente pela plataforma.
– Nós os acharemos. – tranqüilizou-o Gina, repousando sua mão direita sobre o ombro de Alvo.
Infelizmente, o vapor era mais denso do que Alvo imaginava e a cada instante ficava mais difícil identificar quem passava à sua frente. Ele pensou ter ouvido a voz
Cara você é muito bom parabens espero que continue escrevendo é um talento que devia ser notado
ResponderExcluir