patrono de seu pai. A criatura continuava brilhando junto às árvores da Floresta Negra, contudo, algo a mais chamou a atenção de Alvo. A criatura não estava admirando a beleza do castelo de Hogwarts assim como os primeiranistas e o morcego incandescente. Essa, por sua vez, mirava em um aluno em especial da mesma forma que os estudantes e os pais na plataforma encaravam Harry. A criatura iluminada estava observando Alvo.
– Cuidado com as cabeças! – alertou Hagrid quando os barcos atingiram a outra extremidade.
Por um instante Alvo desviou seu olhar da criatura luminosa para poder desembarcar do barco. Pisar na terra molhada pertencente aos terrenos da Hogwarts era algo que Alvo aguardava há muito tempo, e que agora era a mais pura realidade. Contudo quando ele voltou seu olhar para a orla próxima a floresta a procura da criatura, deparou-se apenas com as árvores gigantescas que cercavam os terrenos da escola.
– Todos os alunos, por favor, sigam-me! – berrava Hagrid guiando os primeiranistas por uma espécie de túnel subterrâneo feito de pedras. A cabeça do gigante batia no teto de pedras a todo o tempo, mas em momento algum Hagrid se mostrava irritado com tal fato.
Ele parou de repente tateando o teto com o cabo de seu guarda-chuva cor de rosa. Como se estivesse procurando uma passagem secreta, Hagrid encostou o cabo enferrujado em todas as pedras em um raio de um metro. Finalmente o gigante encontrou a passagem desejada. Quando encostou o cabo do guarda-chuva da pedra desejada, essa começou a se mover e a formar uma íngreme escada de pedra e limo que dava para o pátio de entrada da escola.
– Subam e esperem até o professor Longbottom tomar frente ao grupo. – ordenou Hagrid abrindo caminho entre os estudantes para liberar a passagem – Ele irá levá-los até o Salão Principal para a hora mais esperada da noite.
Como ele era um dos últimos da fila, demorou um pouco até que Alvo pudesse chegar mais perto da escada. Porém ele queria fazer algo antes de subir as escadas.
– Oi, Hagrid! – exclamou Alvo se aproximando da figura corpulenta do guarda caça.
– Alvo! Há quanto tempos nós não nos víamos! – Hagrid parecia um bebê chorão. Enxugando timidamente as lágrimas que brotavam dos seus olhos ele encarou Alvo – Não te vejo desde março passado, e veja como você cresceu!
Mesmo estando mais alto que há um ano atrás, Alvo sabia que para Hagrid ele sempre pareceria um menininho de dez anos.
– Eu também estava com saudades de você, Hagrid. – disse Alvo pouco antes de ser envolto pelos braços gordos de Hagrid – O... o que aconteceu para você ficar tão sumido?
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