segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um Beijo Indesejável, pág 23



Longbottom protegia os alunos que chegavam ao Hall de Entrada, ordenando que seu patrono em forma de beagle montasse guarda próximo ao Salão Principal.
– Vamos com cuidado – murmurou Ralf.
– Não precisa falar baixo, Ralf – Escórpio reclamou. – Dementadores não são surdos, eles saberão que nós estamos aqui se nos perceberem.
– Não custa nada prevenir – Ralf respondeu, andando devagar pelas escadas. – Tem muita gente aqui, seria bom se nós não chamássemos a atenção deles.
– Seria bom se nós corrêssemos logo para o Salão Principal onde o patrono do Prof Longbottom certamente vai nos dar mais segurança do que o seu besouro-rinoceronte. – Ralf ia protestar, mas Escórpio não permitiu que ele o fizesse. – Não estou te desmerecendo, Dolohov, mas tenho certeza de que Longbottom tem muito mais controle sobre o patrono dele do que você tem.
Sem ter como argumentar contra Escórpio, Ralf acelerou o passo, pois era visível que ele não conseguiria manter o feitiço por muito mais tempo. Ralf estava exausto, mas Alvo não o culpava, ele havia feito muito mais do que qualquer bruxo de sua idade teria feito, qualquer um menos Harry Potter.
Eles desciam de dois em dois degraus, sem perder muito tempo olhando para os lados. Rosa argumentava que Ralf poderia desfazer o Feitiço do Patrono por alguns momentos, mas ele insistia que podia continuar em frente com seu patrono conjurado, mesmo que seu corpo dissesse o contrário.
Os dementadores entravam pelas janelas e quebravam alguns vitrais, mas alunos e professores davam seu máximo para afugentá-los. Alvo, Escórpio, Ralf e Rosa já estavam muito próximos do Hall de Entrada, onde o Prof Longbottom protegia Bao Chang, Régis Mcmillan, Ash e Natália. Eles tropeçavam algumas vezes ou eram obrigados a recuar para que Ralf afugentasse outros dementadores – agora ele apenas lançava feitiços não corpóreos – mas faltava pouco para chegarem ao hall de entrada.
– Ai, m...
Tudo ocorreu tão rápido que Alvo só se deu conta do que estava acontecendo quando a boca podre do dementador estava próxima à sua.
Antes que eles pudessem descer as escadas que ligavam o terceiro com o segundo andar, um dementador cortou o vento como uma flecha e agarrou o pescoço de Escórpio e o empurrou para trás, atirando-o no chão. O dementador foi tão rápido que mal dera tempo de Ralf apontar sua varinha para ele. Ao ver o amigo caído no chão, Alvo tentou saltar por cima do dementador, mas seu punho havia sido preso pela mão podre do outro dementador. Ele o puxou para cima até que seus pés não tocassem mais o chão.
Um forte cheiro de acre e podridão encheu suas narinas. Ele tentou não respirar pelo nariz, mas cada vez que inalava o ar pela boca se engasgava e começava a tossir. Nos pés da escada, mais alguns dementadores atacavam Rosa e Ralf, que mal conseguia lançar qualquer feitiço. Os quatro estavam encurralados e presos pelos dementadores e começavam a se aproximarem de suas bocas para lhes dar o beijo.
Alvo tentou se contorcer para livrar-se do dementador, mas a criatura era mais forte do que aparentava. A mão ferida que segurava o pulso dele o apertou com mais força, fazendo-a formigar. A outra mão do dementador agarrou o pescoço de Alvo e

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