Longbottom protegia os alunos que chegavam ao Hall
de Entrada, ordenando que seu patrono em forma de beagle montasse guarda
próximo ao Salão Principal.
– Vamos com cuidado – murmurou Ralf.
– Não precisa falar baixo, Ralf – Escórpio
reclamou. – Dementadores não são surdos, eles saberão que nós estamos aqui se
nos perceberem.
– Não custa nada prevenir – Ralf respondeu,
andando devagar pelas escadas. – Tem muita gente aqui, seria bom se nós não
chamássemos a atenção deles.
– Seria bom se nós corrêssemos logo para o Salão
Principal onde o patrono do Prof Longbottom certamente vai nos dar mais
segurança do que o seu besouro-rinoceronte. – Ralf ia protestar, mas Escórpio
não permitiu que ele o fizesse. – Não estou te desmerecendo, Dolohov, mas tenho
certeza de que Longbottom tem muito mais controle sobre o patrono dele do que
você tem.
Sem ter como argumentar contra Escórpio, Ralf
acelerou o passo, pois era visível que ele não conseguiria manter o feitiço por
muito mais tempo. Ralf estava exausto, mas Alvo não o culpava, ele havia feito
muito mais do que qualquer bruxo de sua idade teria feito, qualquer um menos
Harry Potter.
Eles desciam de dois em dois degraus, sem perder
muito tempo olhando para os lados. Rosa argumentava que Ralf poderia desfazer o
Feitiço do Patrono por alguns momentos, mas ele insistia que podia continuar em
frente com seu patrono conjurado, mesmo que seu corpo dissesse o contrário.
Os dementadores entravam pelas janelas e quebravam
alguns vitrais, mas alunos e professores davam seu máximo para afugentá-los.
Alvo, Escórpio, Ralf e Rosa já estavam muito próximos do Hall de Entrada, onde
o Prof Longbottom protegia Bao Chang, Régis Mcmillan, Ash e Natália. Eles tropeçavam
algumas vezes ou eram obrigados a recuar para que Ralf afugentasse outros
dementadores – agora ele apenas lançava feitiços não corpóreos – mas faltava
pouco para chegarem ao hall de entrada.
– Ai, m...
Tudo ocorreu tão rápido que Alvo só se deu conta
do que estava acontecendo quando a boca podre do dementador estava próxima à
sua.
Antes que eles pudessem descer as escadas que
ligavam o terceiro com o segundo andar, um dementador cortou o vento como uma
flecha e agarrou o pescoço de Escórpio e o empurrou para trás, atirando-o no
chão. O dementador foi tão rápido que mal dera tempo de Ralf apontar sua
varinha para ele. Ao ver o amigo caído no chão, Alvo tentou saltar por cima do
dementador, mas seu punho havia sido preso pela mão podre do outro dementador.
Ele o puxou para cima até que seus pés não tocassem mais o chão.
Um forte cheiro de acre e podridão encheu suas
narinas. Ele tentou não respirar pelo nariz, mas cada vez que inalava o ar pela
boca se engasgava e começava a tossir. Nos pés da escada, mais alguns
dementadores atacavam Rosa e Ralf, que mal conseguia lançar qualquer feitiço.
Os quatro estavam encurralados e presos pelos dementadores e começavam a se
aproximarem de suas bocas para lhes dar o beijo.
Alvo tentou se contorcer
para livrar-se do dementador, mas a criatura era mais forte do que aparentava.
A mão ferida que segurava o pulso dele o apertou com mais força, fazendo-a
formigar. A outra mão do dementador agarrou o pescoço de Alvo e
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