segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um Beijo Indesejável, pág 18



– Ei, eu ia dar um jeito nisso! – Escórpio protestou quando Rosa escreveu mais coisas no pergaminho.
– Se você tiver bom censo, usaria esse resumo como rascunho e faria outro.
– Não estaria tão ruim se você tivesse me deixado dar uma lida rápida no seu resumo antes de fazer esse.
– Eu dei essa matéria no ano passado, Escórpio – Rosa falou, lembrando-o mais uma vez de que ela fazia História da Magia com o terceiro ano.
Ainda que Rosa tentasse explicar o mais detalhadamente possível os fatos históricos do mundo mágico para os dois amigos, Alvo e Escórpio pareciam ter uma tendência natural a não reter nenhuma informação relacionada à História da Magia. Memorizar os nomes dos duendes que participaram das revoluções era uma tarefa verdadeiramente complicada, mas Rosa acreditava que com um pouco de esforço eles seriam capazes de aprendê-los, ou simplesmente decorá-los. Porém Alvo e Escórpio tinham uma teoria muito mais simples e que certamente faria com que ambos passassem de ano com tranquilidade, ter acesso aos trabalhos e exames que Rosa escrevera no ano anterior. Ainda que fosse o caminho mais fácil e rápido, Rosa relutava em concordar, mesmo com a insistência dos dois.
– Acho melhor mudarmos o tópico dos exercícios – Rosa aconselhou, tentando salvaguardar seus trabalhos e também tentando fazer com que Alvo e Escórpio aprendessem da maneira correta e tradicional. – Deixem-me dar uma olhada nos mapas estelares de vocês. A Prof Sinistra pediu que esses mapas fossem entregues na primeira aula após as férias, e eu duvido que vocês vão fazer alguma coisa durante o Natal.
– Acertou na mosca – disse Escórpio retirando seu mapa estelar da mochila abarrotada de cadernos, pergaminhos com rascunhos e livros.
Fazer os mapas estelares foi mais fácil que fazer os resumos de História da Magia, e Rosa ficou impressionada com a facilidade de Alvo em fazer os desenhos dos planetas e luas com precisão. Mais surpreso ficou Alvo, ao saber que seu mapa estelar estava quase todo correto, e precisou de menos correções de Rosa do que o de Escórpio.
– Ufa! – exclamou Alvo quando terminou o último desenho da última lua de Saturno. – Acho melhor pararmos por enquanto! – Ele largou a pena no colo e massageou as mãos dormentes por causa de seu esforço em fazer todos os desenhos com precisão. – Já é tarde assim? Parece que já é hora do jantar, mas eu não me lembro de termos saído do castelo tão tarde. Como o tempo voa.
– O tempo não voou – Escórpio disse, vendo as horas em seu relógio. – Não passa das quatro e meia, mas o céu já está escuro!
O trio não foi o único a perceber que a tarde estava mais escura do que deveria. Um amontoado de alunos de todas as idades se juntava no centro do Pátio de Transfiguração apertando os olhos e olhando para a escuridão que se formava. Algumas gotículas d’água caíam dos céus e até mesmo algumas raspas de gelo. Uma corrente de vento gelado cortou o ar, fazendo com que os papéis no colo de Escórpio se agitassem e as capas dos alunos se movimentassem freneticamente.
No centro do amontoado de aluno, Ellie Andrews olhava pasma para o céu acinzentado e escuro. Seus olhos contemplavam com assombro as nuvens que se

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