segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um Beijo Indesejável, pág 17



criaturas horríveis, Alvo! Você nunca deveria falar sobre eles sem antes saber o que realmente são. – Ela passou a mão pela capa do livro, sentindo as escavações que fizera em sua capa com as unhas. Alvo não teve muito tempo para ler o título da publicação, mas pode ver que falava sobre seres do mundo mágico. – Não estou em meus melhores dias, tenho de admitir. Madame Pomfrey já me receitou um tônico, mas meu problema não é de saúde. Tenho ouvido alguns conselhos dos professores, mas nada que realmente seja de sua conta... Sem querer ofender – acrescentou assim que percebeu que medira mal a força das palavras.
– Não me ofendeu – ele respondeu, com certa rispidez no tom de voz. – Às vezes quando se tem um problema é normal falar além da conta. Sei que você tem problemas, Sara, como todos nós temos, alguns problemas podem ser mais difíceis de superar do que outros, mas o importante é que você sempre tenha em mente que tem amigos para ajudá-la a superar a dor. Não só eu, suas outras amigas como a Ana ou Melissa. Se quiser, eu surrupio uns doces do Ralf e te dou.
– Queria que as coisas fossem fáceis de resolver assim como você fala. – Depois de muito tempo Sara conseguiu abrir um genuíno sorriso de alegria. Tal fato não era feito há tanto tempo que ela sentiu seu rosto formigar assim que as maçãs de seu rosto ficaram mais salientes.

Adiantar as tarefas de casa antes de deixar Hogwarts era tudo que Alvo e Escórpio desejavam. Para isso, eles resolveram se focar nos estudos e praticamente riscar todos seus afazeres da agenda que Rosa lhes havia dado. Mas para isso eles necessitariam da ajuda da garota para que eles não escrevessem nada de errado sobre a Revolução de Duendes no final do século XIII, nem perdessem o foco dos estudos caso começassem uma batalha de azarações se alguém errasse a execução de algum feitiço.
– Vocês sabem que eu não vou poder fazer os exames de vocês, não é? – Rosa perguntou retoricamente enquanto eles faziam um resumo sobre a revolução dos duendes no Pátio de Transfiguração, olhando esporadicamente para alguns alunos que travavam guerras de bolas de neve. – E que a cada ano as medidas dos professores para evitar que os alunos colem dos outros vem aumentando, em breve todas aquelas respostas que Teddy e os outros colocaram nas carteiras da sala de História da Magia serão removidas.
– Estou começando a pensar em seguir seus conselhos, Rosa – Escórpio falou enquanto relia o último parágrafo que escrevera detalhando os principais motivos para que a revolução ganhasse força. – Mas que raio de nome é esse? Twinter... Twynther... Rosa, vê se eu escrevi isso certo?
– Acho melhor nós revermos esses capítulos de novo, Escórpio – Alvo aconselhou, coçando os cabelos tentando achar algum ponto positivo em tudo o que escrevera. – Tenho certeza de que estou deixando muitos fatos importantes escaparem e também não tenho certeza se eu descrevi corretamente todas as reivindicações dos duendes. Eles queriam mais ferramentas mágicas para moldar o ouro, ou mais acesso a magia para usar nas ferramentas para moldar ouro?
– A segunda opção – disse Rosa, enquanto rabiscava o nome do duende que Escórpio havia escrito errado e escrevia no canto do pergaminho o nome correto.

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