criaturas horríveis, Alvo! Você nunca deveria
falar sobre eles sem antes saber o que realmente são. – Ela passou a mão pela
capa do livro, sentindo as escavações que fizera em sua capa com as unhas. Alvo
não teve muito tempo para ler o título da publicação, mas pode ver que falava
sobre seres do mundo mágico. – Não estou em meus melhores dias, tenho de
admitir. Madame Pomfrey já me receitou um tônico, mas meu problema não é de
saúde. Tenho ouvido alguns conselhos dos professores, mas nada que realmente
seja de sua conta... Sem querer ofender
– acrescentou assim que percebeu que medira mal a força das palavras.
– Não me ofendeu – ele respondeu, com certa
rispidez no tom de voz. – Às vezes quando se tem um problema é normal falar
além da conta. Sei que você tem problemas, Sara, como todos nós temos, alguns
problemas podem ser mais difíceis de superar do que outros, mas o importante é
que você sempre tenha em mente que tem amigos para ajudá-la a superar a dor.
Não só eu, suas outras amigas como a Ana ou Melissa. Se quiser, eu surrupio uns
doces do Ralf e te dou.
– Queria que as coisas fossem fáceis de resolver
assim como você fala. – Depois de muito tempo Sara conseguiu abrir um genuíno
sorriso de alegria. Tal fato não era feito há tanto tempo que ela sentiu seu
rosto formigar assim que as maçãs de seu rosto ficaram mais salientes.
Adiantar as tarefas de casa antes de deixar
Hogwarts era tudo que Alvo e Escórpio desejavam. Para isso, eles resolveram se
focar nos estudos e praticamente riscar todos seus afazeres da agenda que Rosa
lhes havia dado. Mas para isso eles necessitariam da ajuda da garota para que
eles não escrevessem nada de errado sobre a Revolução de Duendes no final do
século XIII, nem perdessem o foco dos estudos caso começassem uma batalha de
azarações se alguém errasse a execução de algum feitiço.
– Vocês sabem que eu não vou poder fazer os exames
de vocês, não é? – Rosa perguntou retoricamente enquanto eles faziam um resumo
sobre a revolução dos duendes no Pátio de Transfiguração, olhando
esporadicamente para alguns alunos que travavam guerras de bolas de neve. – E que
a cada ano as medidas dos professores para evitar que os alunos colem dos
outros vem aumentando, em breve todas aquelas respostas que Teddy e os outros
colocaram nas carteiras da sala de História da Magia serão removidas.
– Estou começando a pensar em seguir seus
conselhos, Rosa – Escórpio falou enquanto relia o último parágrafo que
escrevera detalhando os principais motivos para que a revolução ganhasse força.
– Mas que raio de nome é esse? Twinter...
Twynther... Rosa, vê se eu escrevi isso certo?
– Acho melhor nós revermos esses capítulos de
novo, Escórpio – Alvo aconselhou, coçando os cabelos tentando achar algum ponto
positivo em tudo o que escrevera. – Tenho certeza de que estou deixando muitos
fatos importantes escaparem e também não tenho certeza se eu descrevi
corretamente todas as reivindicações dos duendes. Eles queriam mais ferramentas
mágicas para moldar o ouro, ou mais acesso a magia para usar nas ferramentas
para moldar ouro?
– A segunda opção – disse Rosa, enquanto rabiscava
o nome do duende que Escórpio havia escrito errado e escrevia no canto do
pergaminho o nome correto.
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