segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um Beijo Indesejável, pág 16



que a cobra sentinela falava, chegou logo à sala comunal. Porém, Alvo não fez a redação.
Quando entrou na sala comunal da Sonserina, Alvo encontrou com a última pessoa que ele esperava ver lendo um livro na frente da lareira como se as férias de Natal já tivessem chegado. Alvo não via Sara Aubrey desde quando ela salvou Ashton e ele da emboscada que os alunos da Sonserina haviam planejado. De lá para cá ele só ouvia as outras pessoas falarem sobre como ela estava apática e doentia, sempre andando sozinha e respondendo as pessoas com o mínimo de palavras possível. Sempre que ouvia algo relacionado ao estado de saúde de Sara, Alvo ficava triste e chateado em saber que a garota estava cada vez pior, e que até mesmo o interesse da menina pelo Quadribol estava diminuindo. E a pior parte era que ele não sabia o porquê de tanta tristeza e sofrimento. Ele tinha curiosidade em saber, mas também queria consolar a amiga, mas tinha receio de acabar piorando a situação de Sara se tocasse em um assunto que ele tentasse evitar.
– Eu não tive a chance de agradecer devidamente pelo que você fez comigo e com Ashton uns meses atrás – Alvo disse timidamente, escolhendo com cuidado cada palavra conforme se aproximava de onde Sara estava.
– Não precisa fazer cerimônia quanto a isso, Alvo – respondeu ela, desviando o olhar de seu livro e encarando Alvo com um olhar, até que, simpático, mesmo que os olhos dela estivessem delineados por pequenas olheiras. – Até mesmo porque, depois das palavras de Bruto, a maioria dos sonserinos caiu na real e deixou de implicar com Bennett. Os que continuaram também deixaram de fazê-lo após a morte de Brian. Hoje, se Ashton tem algum problema, não é muito diferente dos outros novatos. E agora, além de tudo, tem esse aluno que azara os valentões e ajuda dos calouros.
Alvo tentou não enrubescer quando ela disse aquilo.
– E como você tem passado? Não te vi hoje no jogo contra a Corvinal.
– Qual foi o resultado? – ela pareceu um pouco mais interessada naquele momento.
– Ganhamos. Consegui despistar Henrietta e capturei o pomo.
– Que bom. – Ela fechou o livro, repousou em seu colo e alisou a capa do mesmo com suas mãos brancas. – Não tenho tido muito tempo para o quadribol. Queria poder voltar a jogar, mas meu ânimo para os esportes não está como costumava ser. Talvez eu passando o Natal mais uma vez no castelo tenha um tempo maior para organizar meus pensamentos. Talvez isso seja bom para mim.
– Sara, sem querer parecer intrometido, mas – Alvo hesitou em falar tudo de uma vez, sabia que as emoções de Sara estavam confusas, quase todas as colegas dela falavam isso, por isso ele teve cuidado com o que iria falar – já faz um tempo que eu não vejo aquela Sara Aubrey do ano passado, que quase ficou com minha vaga de apanhador da Sonserina, que cuidou de mim durante minhas passagens pela Ala Hospitalar... A última vez que eu vi aquela Sara, ela salvou o meu pescoço e o de um amigo, mas o que eu vejo e escuto falar de você me faz pensar que um espírito agourento ou um dementador sejam de boa companhia os comparando a você...
– NUNCA mais diga isso! – Sara gritou, cerrando as mãos contra seu livro, marcando a capa do mesmo com a forma de suas unhas. – Dementadores são

Nenhum comentário:

Postar um comentário