– Eu iria apontar um fatal erro em sua frase, Sr
Prewett, – falou o Prof Buttermere torcendo os nós dos dedos – mas hoje me
encontro indisposto e pouparei minha preciosa saliva para momentos mais cruciais
desta aula. Srtª Weasley, a senhorita poderia indicar ao Sr Prewett o porquê de
sua frase estar incorreta, e que de nada vai adiantar se ele tentar estuporar
um escaravelho vermelho?
Rosa corou ligeiramente, mas se mostrara
satisfeita em poder mostrar todo seu conhecimento na frente da turma. Ela limpou
a garganta, umedeceu os lábios rosados e começou falar, em seu habitual tom de
superioridade, como se fosse uma verdadeira professora.
– É perda de tempo começar a disparar uma
saraivada de feitiços em um escaravelho vermelho porque sua carapaça é mágica e
consegue repelir a grande maioria de feitiços hostis que existe. Está tudo aqui
– Rosa remexera em sua mochila e retirou seu bem cuidado exemplar de “Como se Livrar de Escaravelhos Vermelhos”,
livro de autoria do próprio Prof Buttermere, com a mão livre. Ela abriu a
página onde estava seu marcador cor de rosa e passou as páginas para trás umas
cinco vezes repetidamente, até chegar aonde desejava. – Os escaravelhos são
mais resistentes do que se parece. Eles resistem aos feitiços de fogo, gelo,
estuporantes e até maldições, por isso são pragas tão temidas. Escaravelhos
vermelhos depositam suas larvas em lugares de preferência abafados e escuros
onde as proles de desenvolvem. Uma vez crescidas é difícil de combater por
completo. O Prof Buttermere é um dos poucos autores que se dedicou a escrever
sobre escaravelhos vermelhos... Eu andei pesquisando, e além deste livro, só
existem mais quatro títulos que tratam do assunto.
– Escolheu muito bem as palavras Srtª Weasley –
falou Prof Buttermere ligeiramente admirado. – E dez pontos para a Grifinória
pela excelente explicação e pela pesquisa extracurricular que a senhorita fez.
Parabéns...
– Sabichona exibida... – resmungou Pucey por os
dentes trincados.
– Para demonstrar a vocês a ineficiência de certos
feitiços contra os escaravelhos vermelhos, - prosseguiu Buttermere com a aula –
eu mais cedo consegui retirar um deles da caixa e coloquei-o neste frasquinho
de vindo para que todos pudessem observá-lo melhor.
Retirando de um estojo de madeira com sete
divisórias, o professor mostrou à turma na palma de sua mão um frasco de vidro
de mais ou menos dez centímetros de comprimento e outros dez de diâmetro, o
qual continha uma espécie de besouro cor de ferrugem dentro. A criaturinha era
vermelha e possuía oito patas – um par a mais que os escaravelhos
convencionais. Tinha uma espécie de chifre torto e côncavo que nascia no meio
de sua testa e batia freneticamente no vidro.
– Colloportus
– disse o professor apontando sua própria varinha torta em forma de
bumerangue para a porta da sala de aula, que se trancou com um baque. – Não
quero que nenhum escaravelho fuja pela porta da frente. Mas como devem saber há
o risco deles subirem pelas paredes, escaparem pelas janelas ou se esconderem
no interior de suas mochilas.
Enquanto os alunos
resmungavam e se certificavam de que suas mochilas estavam impenetráveis, o
Prof Buttermere abria o frasco sem fazer nenhum esforço com a
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