domingo, 20 de outubro de 2013

O Buscador de Cera, pág 12



mais o interessava, ele apenas estava focado em Buttermere, que o olhava com indiferença, assim como para Lana que o acompanhava no mesmo ritmo.
Antes mesmo que ele pudesse fazer alguma pergunta o professor falou:
– Eu gostaria de falar primeiro com a Srtª Longbottom, se o senhor não se importar, Sr Potter – falou Buttermere sem olhar diretamente a Alvo.
– Tudo bem, senhor – garantiu Alvo tentando transparecer o menos nervoso possível.
– Vai encontrar chá quente em minha sala – pela primeira vez o professor encarou Alvo enquanto se dirigia a ele. – Como já são quase cinco horas o senhor poderia se servir se quiser... Também pode olhar minhas coleções de objetos nos mostruários, só peço que não abra gavetas ou pastas. Não vou demorar muito com a Srtª Longbottom, uns vinte minutos, se ela não se importar, ou trinta, caso aja alguma dúvida que não esclareci. Estarei tomando muito o tempo de vocês? Não gostaria de ser inconveniente.
Falando com aquela calmaria toda e tanta preocupação, Buttermere até se passava por uma pessoa tranquila e que se importava com as pessoas alheias.
– Não senhor – disseram Alvo e Lana juntos, o que pareceu agradar Buttermere.
– Pois bem. Sr Potter, – o professor ergueu a mão direita e a elevou até acima da cabeça, em direção às escadas curvas que levavam a sua sala particular – pode subir agora se não se importar...
Sem manter contato visual com o professor, Alvo seguiu a recomendação de Buttermere e subiu até a sala particular do professor, deixando no primeiro piso apenas ele e Lana, que agora parecia apreensiva em ficar sozinha com o Prof Buttermere também.
Pausadamente Alvo seguiu seu caminho e ao meter a mão na maçaneta da porta do professor notou que algo de diferente percorria seu corpo. A maçaneta estava quente, não tanto quanto carvão em brasa, mas o suficiente para fazer com que sua pele ardesse. Com mais rapidez ele a girou e destrancou a porta, e o que viu não era muito diferente do que sua imaginação antes lhe projetara.
No início daquele ano, Alvo invadiu a então sala do Prof Silvano junto a Escórpio e Rosa. Naquela circunstância a sala parecia uma biblioteca particular do culto professor, com estantes de pesados livros que revestiam quase todas as paredes, deixando apenas um espaçamento para as janelas. Nas outras estantes também ficavam objetos de uso particular de muitos aurores, como bisbilhoscópios, um Espelho de Inimigos, sensores de segredos e uma cabeça de gnomo empalhada que servia como Olheiro do professor.
Naquele ano, porém, o Prof Buttermere havia adotado uma nova decoração para sua sala. Ao se deparar com o local, Alvo imaginava ter sido transportado par um escritório de advocacia no tumultuado centro da cidade do Cairo. Se ele não soubesse bem onde estava pisando, não teria certeza se aquilo era parte da Grã-Bretanha.
O gabinete do Prof Buttermere possuía uma temperatura ainda mais elevada do que sua sala de aulas. O ar era ainda mais pesado e a umidade bastante escassa, fazendo tudo parecer mais amarelado e abafado. Atrás da mesa do professor havia um compartimento com oito tubos em forma de canos que fez Alvo pensar que

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