mais o interessava, ele apenas estava focado em
Buttermere, que o olhava com indiferença, assim como para Lana que o
acompanhava no mesmo ritmo.
Antes mesmo que ele pudesse fazer alguma pergunta
o professor falou:
– Eu gostaria de falar primeiro com a Srtª
Longbottom, se o senhor não se importar, Sr Potter – falou Buttermere sem olhar
diretamente a Alvo.
– Tudo bem, senhor – garantiu Alvo tentando
transparecer o menos nervoso possível.
– Vai encontrar chá quente em minha sala – pela
primeira vez o professor encarou Alvo enquanto se dirigia a ele. – Como já são
quase cinco horas o senhor poderia se servir se quiser... Também pode olhar
minhas coleções de objetos nos mostruários, só peço que não abra gavetas ou
pastas. Não vou demorar muito com a Srtª Longbottom, uns vinte minutos, se ela
não se importar, ou trinta, caso aja alguma dúvida que não esclareci. Estarei
tomando muito o tempo de vocês? Não gostaria de ser inconveniente.
Falando com aquela calmaria toda e tanta
preocupação, Buttermere até se passava por uma pessoa tranquila e que se
importava com as pessoas alheias.
– Não senhor – disseram Alvo e Lana juntos, o que
pareceu agradar Buttermere.
– Pois bem. Sr Potter, – o professor ergueu a mão
direita e a elevou até acima da cabeça, em direção às escadas curvas que
levavam a sua sala particular – pode subir agora se não se importar...
Sem manter contato visual com o professor, Alvo
seguiu a recomendação de Buttermere e subiu até a sala particular do professor,
deixando no primeiro piso apenas ele e Lana, que agora parecia apreensiva em
ficar sozinha com o Prof Buttermere também.
Pausadamente Alvo seguiu seu caminho e ao meter a
mão na maçaneta da porta do professor notou que algo de diferente percorria seu
corpo. A maçaneta estava quente, não tanto quanto carvão em brasa, mas o
suficiente para fazer com que sua pele ardesse. Com mais rapidez ele a girou e
destrancou a porta, e o que viu não era muito diferente do que sua imaginação
antes lhe projetara.
No início daquele ano, Alvo invadiu a então sala
do Prof Silvano junto a Escórpio e Rosa. Naquela circunstância a sala parecia
uma biblioteca particular do culto professor, com estantes de pesados livros
que revestiam quase todas as paredes, deixando apenas um espaçamento para as
janelas. Nas outras estantes também ficavam objetos de uso particular de muitos
aurores, como bisbilhoscópios, um Espelho de Inimigos, sensores de segredos e
uma cabeça de gnomo empalhada que servia como Olheiro do professor.
Naquele ano, porém, o Prof Buttermere havia
adotado uma nova decoração para sua sala. Ao se deparar com o local, Alvo
imaginava ter sido transportado par um escritório de advocacia no tumultuado
centro da cidade do Cairo. Se ele não soubesse bem onde estava pisando, não
teria certeza se aquilo era parte da Grã-Bretanha.
O gabinete do Prof
Buttermere possuía uma temperatura ainda mais elevada do que sua sala de aulas.
O ar era ainda mais pesado e a umidade bastante escassa, fazendo tudo parecer
mais amarelado e abafado. Atrás da mesa do professor havia um compartimento com
oito tubos em forma de canos que fez Alvo pensar que
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