segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um Dia Nublado, pág 6



Conforme os três iam chegando à ala Hospitalar, carregando Digory nos ombros, uma fedentina mais intensa de coisas podres e carne esfolada aumentava. Não dava para tampar as narinas, caso o fizessem poderiam perder o equilíbrio e a última coisa que queriam era derrubar Digory naquela altura da peregrinação.
Chegar à ala Hospitalar naquele momento não devia ser muito diferente de chegar a um posto médico em um batalhão para soldados durante uma guerra. Havia pessoas feridas, colchas cobertas de sangue, professores, enfermeiras, Madame Pomfrey e Sara andando de um lado ao outro tentando estancar um ferimento ou curar uma dor intensa e muitas caras assombrosas e tristes, de funcionários de Hogwarts, de estudantes e amigos dos feridos e até de elfos domésticos que foram convocados para dar auxílio no cuidado dos enfermos.
– Alguém aqui pode nos ajudar?! – Alvo berrou logo sem querer saber da agitação da ala Hospitalar, só se interessando em arranjar alguém que pudesse arrumar uma cama vaga para Digory e alguém que o pudesse prestar ajuda.
Fechem essa cortina! – berrou Madame Pomfrey sobre o corpo muito ferido de uma aluna que Alvo não pode ver quem era.
– Ajudem-nos, por favor! – implorou Rosa tentando chamar mais a atenção de alguém.
– Aqui, aqui rápido! – chamou uma enfermeira que logo ganhara a ajuda da Profª Sinistra.
Sem hesitar, Alvo e Escórpio colocaram o corpo inerte de Digory na cama e a enfermeira começou uma série de procedimentos médicos para analisas os primeiros socorros prestados a Digory.
– Ele não está morto, não é? – perguntou a Profª Sinistra checando o pulso de Digory e se ele respirava.
– Não, senhora. Ele está vivo – respondeu Alvo com a respiração acelerada. – Só está inconsciente. Bateu a cabeça com força enquanto era arrastado por uns cães de pedra.
– Quem prestou os primeiros socorros para este menino? – perguntou a enfermeira bastante perplexa. – Estão perfeitos! E digo mais, foram estes curativos que salvaram a vida desta criança e o impediram de ter a perna amputada.
– Foi Ethan Humberstone, madame, quem prestou socorro – contou Rosa.
– Ele cicatrizou minhas feridas – relatou Alvo apontando para o os rasgões em sua blusa.
– E colocou meu braço deslocado no lugar correto – completou Escórpio.
– Brilhante.
– Meninos, ainda bem que estão vivos! – exclamou o Neville saltando por entre dois elfos domésticos e abraçando os três de uma vez só. – Quando Hanbal disse que haviam se desligado do grupo, eu... Eu não pude deixar de pensar no pior... Nunca mais conseguiria olhar nos olhos de seus pais se tivessem sido mortos aqui em Hogwarts, sob minha vigilância. Mas por que diabos vocês saíram do castelo?!
– Porque diferente do Prof Buttermere, nós não deixaríamos que um verme de pedra fosse engolir meu primo – disse Alvo com as orelhas fumegando. – Ele deixou Amélia Panonia sozinha contra a quimera, eu não sou como ele. Nós não somos! E investimos contra os cães e os destruímos.

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