apática e frágil, mas Ethan no momento tentava não
pensar em sua pouca disposição e parecia estar mais preocupado com os
ferimentos dos meninos.
– Escórpio, - falou Alvo se ajoelhando e tentando
se por de pé, mas travando quando sentiu uma ardência no peitoril – você está
horrível!
– Você já se viu no espelho, Potter? – exclamou
Escórpio, entregando a ele de mal grato a varinha. – Só porque eu desloquei o
braço estou horrível. Você também está bem ruim. Nenhum de seus órgãos foi
arrancado de seu interior, foi?
– Crio que não – Alvo respondeu passando a mão
pelo ferimento e sujando sua palma com seu próprio sangue. – Mas Teddy tem um
bom gancho de direita.
– Mas afinal de contas – falou Rosa se aproximando
dos meninos, que se amontoavam ao redor de Ted ainda na forma de lobo – por que
raios, Teddy se transformou em um lobo.
– Depois eu explico, - prometeu Ethan estudando os
ferimentos de Alvo e de Escórpio. – Primeiro, deixe-me cuidar desses três aqui.
Esse é um belo arranhão, Al. Posso fechá-lo agora, mas não garanto que não
formará uma cicatriz.
– Cicatrizes são bem vindas na família – disse
Alvo rindo. – Só não quero se ela tiver a forma de um raio.
– Eu duvido muito – respondeu Ethan passando a
varinha pelo rasgo da blusa de Alvo e murmurando o feitiço que mais parecia uma
música. – Vulnera Sanentur. – E
conforme a varinha de Ethan ia passando pelos ferimentos, o sangue ia se
coagulando e novas células nasciam por seu peitoril, fechando o ferimento
deixando apenas uma pequena marca por onde passara o indicador de Ted. – Agora
você, Malfoy...
– Desloquei – ele disse com um gemido, enquanto
alisava o osso saliente.
– Sem dúvidas, mas posso dar um jeito. – E
apontando a varinha para o ombro de Escórpio ele proferiu – Episkey!
Houve um estalido e deu para ter noção de como o
osso de Escórpio voltara para o lugar. O garoto trincou os dentes e produziu um
som esquisito com a garganta, como um grunhido e apertou o local onde estava o
osso deslocado momentos antes. Agora estava inteiramente liso, como se nada
houvesse acontecido.
– Mas como... Teddy não é um lobisomem... Ele é
metamorfomago, como a mãe!
– Mas tem um pouco da genética do pai, Rosa –
disse Ethan, se dirigindo para Digory, que ainda estava desmaiado. Ele levou o
lenço à boca e tossiu. – Eu conheço Teddy melhor do que muitos. Ele é meu
melhor amigo desde que eu pisei no Expresso Hogwarts e começamos a fazer
travessuras. Devo saber mais sobre ele do que Vitória. Talvez, só quem o
conheça melhor do que eu seja a avó, e no meu caso, creio que a recíproca seja
a mesma. Teddy deve saber mais sobre mim do que Laura, mas menos do que minha
família. Agora vejamos esse aqui.
Ele se ajoelhou ao lado de Digory e visualizou os
dois ferimentos. Primeiro tratou do que parecia menos profundo, mas era tão
sério e perigoso quando a ferida na perna, o trauma na cabeça.
– Diffindo – disse Ethan cortando fora a manga rasgada de seu
casaco. Ele virou Digory, cuidadosamente, de bruços repetira o feitiço do corte
nas mechas de cabelo ruivo do menino, cortando a área próxima ao ferimento que
estava coberta por sangue seco. – Aestuofluidus!
– a manga da camisa ficou úmida e começou a ferver,
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