segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um Dia Nublado, pág 3



apática e frágil, mas Ethan no momento tentava não pensar em sua pouca disposição e parecia estar mais preocupado com os ferimentos dos meninos.
– Escórpio, - falou Alvo se ajoelhando e tentando se por de pé, mas travando quando sentiu uma ardência no peitoril – você está horrível!
– Você já se viu no espelho, Potter? – exclamou Escórpio, entregando a ele de mal grato a varinha. – Só porque eu desloquei o braço estou horrível. Você também está bem ruim. Nenhum de seus órgãos foi arrancado de seu interior, foi?
– Crio que não – Alvo respondeu passando a mão pelo ferimento e sujando sua palma com seu próprio sangue. – Mas Teddy tem um bom gancho de direita.
– Mas afinal de contas – falou Rosa se aproximando dos meninos, que se amontoavam ao redor de Ted ainda na forma de lobo – por que raios, Teddy se transformou em um lobo.
– Depois eu explico, - prometeu Ethan estudando os ferimentos de Alvo e de Escórpio. – Primeiro, deixe-me cuidar desses três aqui. Esse é um belo arranhão, Al. Posso fechá-lo agora, mas não garanto que não formará uma cicatriz.
– Cicatrizes são bem vindas na família – disse Alvo rindo. – Só não quero se ela tiver a forma de um raio.
– Eu duvido muito – respondeu Ethan passando a varinha pelo rasgo da blusa de Alvo e murmurando o feitiço que mais parecia uma música. – Vulnera Sanentur. – E conforme a varinha de Ethan ia passando pelos ferimentos, o sangue ia se coagulando e novas células nasciam por seu peitoril, fechando o ferimento deixando apenas uma pequena marca por onde passara o indicador de Ted. – Agora você, Malfoy...
– Desloquei – ele disse com um gemido, enquanto alisava o osso saliente.
– Sem dúvidas, mas posso dar um jeito. – E apontando a varinha para o ombro de Escórpio ele proferiu – Episkey!
Houve um estalido e deu para ter noção de como o osso de Escórpio voltara para o lugar. O garoto trincou os dentes e produziu um som esquisito com a garganta, como um grunhido e apertou o local onde estava o osso deslocado momentos antes. Agora estava inteiramente liso, como se nada houvesse acontecido.
– Mas como... Teddy não é um lobisomem... Ele é metamorfomago, como a mãe!
– Mas tem um pouco da genética do pai, Rosa – disse Ethan, se dirigindo para Digory, que ainda estava desmaiado. Ele levou o lenço à boca e tossiu. – Eu conheço Teddy melhor do que muitos. Ele é meu melhor amigo desde que eu pisei no Expresso Hogwarts e começamos a fazer travessuras. Devo saber mais sobre ele do que Vitória. Talvez, só quem o conheça melhor do que eu seja a avó, e no meu caso, creio que a recíproca seja a mesma. Teddy deve saber mais sobre mim do que Laura, mas menos do que minha família. Agora vejamos esse aqui.
Ele se ajoelhou ao lado de Digory e visualizou os dois ferimentos. Primeiro tratou do que parecia menos profundo, mas era tão sério e perigoso quando a ferida na perna, o trauma na cabeça.
Diffindo disse Ethan cortando fora a manga rasgada de seu casaco. Ele virou Digory, cuidadosamente, de bruços repetira o feitiço do corte nas mechas de cabelo ruivo do menino, cortando a área próxima ao ferimento que estava coberta por sangue seco. – Aestuofluidus! – a manga da camisa ficou úmida e começou a ferver,

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