segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um Dia Nublado, pág 18



orgulhoso de Tiago e de seus amigos não estarem se negando a brindarem a Capper, como ele esperava que fizessem devido à rivalidade entre as casas.
Alvo também nunca sentiu tanta admiração pela Profª Crouch do que naquele dia. Ele nunca a viu como Harry via Dumbledore, e tinha absoluta convicção de que nunca a veria de tal maneira. Alvo simplesmente olhava sua diretora e levava em consideração as grandes habilidades de combate que ela possuía, e às vezes até sentia raiva da mesma devido à frieza que ela sempre utilizava quando se dirigia a ele. Contudo, era impossível, depois de ouvir aquele discurso, não se sentir honrado de estar estudando em uma instituição que tenha Servilia Crouch como diretora. Dava para ver e sentir a emoção que a Profª Crouch atribuía às palavras sempre pensadas que dizia, e em momento algum ela transparecia o temor e o nervosismo que sentia por, mesmo sendo apenas seu segundo ano dirigindo Hogwarts, já ter mais esse ataque a contornar.
–... A Amélia Panonia... A Linda Spruce... E a Connor Woodbury – terminou a professora ainda com a taça de vidro erguida com a mão direita. A Profª Crouch fechou os olhos e inspirou fundo, como se quisesse que seu despertador tocasse naquele exato instante despertando-a do pesadelo que vivia, mas ao ver que tal milagre não acontecia, ela voltou a abrir os olhos e, lentamente, expirou. – Agora, por favor, vamos acompanhar a cerimônia de cremação dos fardos que três de nossos elfos domésticos prepararam como forma de prestar a última homenagem a seus companheiros.
Quando descobriu que elfos domésticos iriam se apresentar na cerimônia direcionada especificamente à morte de seu filho, o Sr Capper se ergueu bruscamente de onde estava sentado e, sem olhar para a mesa dos professores e ignorando toda a onda de cochichos que sua atitude gerou, saiu do Salão Principal em passadas largas, reclamando e resmungando em alto e bom som.
– Como ousam? – rezingou por entre os dentes trincados e as mãos cerradas. – Colocarem elfos domésticos na celebração pela morte de meu filho! Isso é um insulto a Brian e toda a família Capper! Pelo menos não tenho mais nenhuma ligação com Hogwarts! Isso não é mais uma escola, é um templo abominável que cairá em ruínas!
Em seguida, enquanto todos os olhos ainda estavam vidrados no Sr Capper e o salão ainda estava imerso em murmúrios, a irmã do Sr Capper também saiu do recinto, mas, diferentemente do irmão, se desculpou com a diretora pelas palavras rudes ditas por ele. E assim também foi embora.
O poema feito por Bowy, na humilde opinião de Alvo, que não tinha nenhum talento especial para analisar redações e textos poéticos, estava uma droga! Quase não havia rimas ou versos que combinassem ou causassem uma confusão sonora. As palavras aparentavam ter sido somente escritas no papel e não transmitiam a emoção que Bowy tentava transparecer. Cada verso só falava de trabalho e formas de trabalho. De como os elfos trabalham e de como não devem trabalhar. Às vezes ele rimava “sabão” com “limão” e completava “vassoura” com “uma cenoura”. Mais valia se prestar atenção no restante da celebração que faziam os outros dois elfos queimando as roupas sujas que marcavam a servidão dos dois elfos domésticos que morreram: Dinky e Moori.

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