segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um Dia Nublado, pág 13



tendo feito tudo isso, Alvo ainda lamentava sua morte. Assim como a do menino da Grifinória, do casal da Lufa-Lufa, do primeiranista da Corvinal e principalmente de Amélia, que nunca poderia batalhar ao seu lado.
Não foi nada fácil assistir a chegada dos familiares dos mortos que veriam as solenidades e as últimas homenagens a seus filhos e assim poderiam enterrar os corpos nos cemitérios que bem entendessem. Crouch e McGonagall ofereceram um lugar onde estavam enterrados alguns mortos da Batalha de Hogwarts, ou no cemitério de Hogsmeade e até mesmo na ilha onde estava o túmulo do Prof Dumbledore e também se propuseram a entalhar seus nomes no Memorial de Hogwarts, mas nenhum pai aceitou as propostas.
Foi um dia nublado quando os pais desembarcaram em Hogsmeade e foram trazidos até o castelo pelas carruagens puxadas pelos testrálios. Chovia um pouco naquela manhã e nada nem ninguém parecia disposto a sair da cama ou deixar de chorar, ou até mesmo falar uma frase completa. Todas as cores haviam se perdido naquele dia, a não ser o preto e o cinza, que estavam presentes nas vestes dos alunos e dos professores que se encaminhavam para o Salão Principal para a cerimônia, nas bandeiras hasteadas no salão, onde deveriam estar as da Lufa-Lufa, última campeã no Torneio das Casas, e no céu que era coberto pelas mais cinzentas nuvens que se poderia imaginar.
Alvo deixara a sala comunal da Sonserina ladeado por seus amigos. Ele mal tinha tido a oportunidade de debater o ataque com eles antes, e não seria naquele momento que o faria, então preferiu guardar todas suas suspeitas apenas para si. Nenhum dos sonserinos, com exceção de Capper, parecia ter sofrido muito. Entre seus amigos, Perseu e Lucas haviam sofrido apenas arranhões no rosto e na altura dos joelhos, enquanto Isaac andava de muletas, pois havia torcido o tornozelo durante a fuga até as masmorras.
Ao chegar às portas do Salão Principal, os sonserinos se detiveram para esperar seus outros amigos que combinaram com eles de entrarem juntos no Salão Principal. Os quatro ficaram próximos ao grande portal enquanto os outros convidados para o cerimonial de despedida chegavam. Todos os alunos estavam com túnicas e vestes negras, sem símbolos de casas ou mochilas coloridas. Somente a túnica, o chapéu cônico preto e o escudo de Hogwarts como sinal de respeito à instituição.
Antes mesmo do restante de seus amigos chegar, Alvo se surpreendeu com a presença de Bowy e de mais dois elfos domésticos que o acompanhavam. Bowy, o elfo doméstico chefe das cozinhas de Hogwarts, estava com seu habitual avental sujo, manchado e chamuscado cobrindo seu corpo redondo, a única coisa que estava diferente em Bowy era sua cara e as enormes gotas d’água que escorriam por seu nariz comprido e caíam no avental. Bowy era conhecido como um elfo carrancudo e ranzinza que zelava muito por sua cozinha, porém Alvo conhecia um outro Bowy, que era gentil e amigável com quem estava disposto a lhe ouvir e conversar com ele como um igual. Entretanto, Bowy estava triste, choroso e abatido. Seu rosto estava mais enrugado do que o normal e seus olhos estavam irritados e esbugalhados.
– Alvo Potter – resmungou o elfo passando cabisbaixo por ele e entrando no Salão Principal.

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