segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um Dia Nublado, pág 11



– Eu duvido – Escórpio disse. – Depois do que aconteceu no ano passado, os pais exigiram da Profª Crouch mais rigor sob aqueles que entram e saem do castelo. Meu pai mesmo mandou uma série de cartas ameaçando levar o caso ao Conselho de Hogwarts uma vez que a diretora o ignorasse. Foi proibido o comércio de ingredientes para o preparo de Poção Polissuco pelas redondezas e só há um carregamento, que é escoltado por aurores, que só vem para o colégio caso o Prof Slughorn necessite dos ingredientes para preparar outras poções. Então a mais forte hipótese é a sua, Rosa, de que há um novo professor macabro no castelo. O que vocês acham, o Prof Monomon pode não ter sido apenas uma marionete de Yaxley?
– Ele realmente estava sob o controle de Yaxley – informou Rosa com veemência. – O Prof Monomon aceitou se submeter a todos os tipos de interrogatórios do Ministério e todas as acusações contra ele foram extintas.
– Então foi Buttermere – falou Alvo cheio de convicções, esquecendo-se de tudo o que Neville lhe pedira e deixando sua rixa com o professor ganhar força. – Foi ele quem deu vida às pedras. Por isso não sofreu nenhum arranhão, por isso se prontificou a servir de isca! Não está claro?! Ele queria bancar o herói e desviar o foco dele para qualquer outro, fazendo-se parecer como o grande salvador que arriscou a própria vida para salvar os outros. Ele deve saber um feitiço para apaziguar as feras, então não iria correr nenhum risco... Desgraçado! Se não fosse por ele, Amélia não teria arriscado a vida e agora não estaria à beira da morte!
Por um instante, as palavras de Alvo haviam surtido efeito em Escórpio e Rosa. Eles se entreolharam por uns segundos tentando encontrar, um no outro, uma resposta que pudesse contradizer as argumentações do sonserino. Sem nenhuma surpresa, foi Rosa a primeira a encontrá-la.
– O que você diz, Al, até tem certa lógica, mas não há relatos de feitiços que consigam reverter a ação do Percimpotens Locomotor. E mais, por que o Prof Buttermere estaria sofrendo e se martirizando pelo estado de Amélia tanto se tivesse sido ele a iniciar o ataque?
– Se uma pessoa morre, e você é o assassino, o que faria se estivesse no enterro dela e todos chorassem sua morte? – perguntou Alvo frio, como se lesse a pergunta de um teste, um que poderia mudar sua vida. – Choraria também ou se manteria sério e inabalado?
– Choraria – quem respondera foi Escórpio, como se já tivesse a resposta para o enigma na ponta da língua. – Desta forma desviaria a atenção para outro. Se eu ficasse sério e não demonstrasse reação, apenas estaria entregando minha posição e estragando o disfarce. Faz sentido pensar assim... Mas quais seriam seus motivos? Por que atacar a escola desta forma, quais seriam seus motivos para usar um feitiço desses contra alunos?
– Talvez sejam os mesmos motivos que levaram Yaxley a fundar a Sociedade da Serpente e se infiltrar em Hogwarts – sugeriu Alvo.
Voldemort? – Rosa exclamou assombrada. – Por que outro bruxo tentaria revivê-lo novamente, e ainda mais sabendo que outras tentativas já foram frustradas?
– Vai saber – bufou Alvo saltando do toco de mármore e esticando as pernas com um gemido. – Agora nós só podemos esperar para ver que rumo essa história vai

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