Boa parte da umidade do ar ao redor da varinha de
Alvo começou a se concentrar na ponta do artefato. Em poucos segundos, uma gota
d’água se formou, não muito maior que uma cabeça de alfinete, e começou a se
expandir. Quando chegou ao tamanho de um punho, a varinha emitiu um estalo, e a
bolha de água iniciou um processo de solidificação. Ao fim do processo a água
se transformara em uma perfeita bola de neve.
– Oppugno!
– murmurou Alvo quase que encostando os lábios na neve.
Como se as palavras fossem injeções de ânimo e
adrenalina, a bola de neve irrompeu pelo salão e atingiu a cara de Henry em
cheio.
Novas gargalhadas encheram os ouvidos de Alvo
enquanto Henry tentava se desvencilhar da nova bola de neve que se recompunha a
partir das gotículas de água que respingaram da primeira e voltava a atacar.
Alvo fez o encanto mais duas vezes e as bolas de neve começaram a rondar o
grupo lhe atribuindo ataques constantes enquanto os forçavam a deixar o salão
às pressas. Os estudantes presentes no Salão Principal só pararam de rir quando
o grupo de Finnigan já começou a subir pelas escadas mágicas que se
movimentavam na esperança de acharem um lugar para se esconderem.
Ao retornar a mesa onde estudava, Alvo pode
perceber que seus colegas da Lufa-Lufa estavam vermelhos de tanto gargalharem.
Inácio limpava uma lágrima que lhe escorria pelo canto do olho esquerdo
enquanto ainda sorria. Morgana mal conseguia abrir os olhos devido à tamanha
contração de sua face resultante do grande sorriso que enchia seu rosto, e Luís
dava tapas na mesa sempre que ouvia um grito ou uma exclamação proveniente de
um dos três grifinórios que ainda sofria com o ataque.
– Eu já falei que não gosto que você fique usando
esses feitiços idiotas – contestou Rosa tomando um posto que geralmente era
ocupado por Gina: o de mãe chateada com o mal comportamento e as travessuras do
filho. – Mas se você insiste tanto a se rebaixar ao nível de Finnigan e dos
outros, por favor, o faça quando eu não estiver olhando!
– Mas eles mereciam – contrapôs Alvo voltando a
respirar normalmente, pois sua inspiração ficara mais ofegante devido aos
risos. – Viu como eles trataram a mim e a Escórpio. Eu disse que esse ano eu
não abaixaria a cabeça para tudo o que dissessem. Não posso fazer nada com
Rosier nem com as outras meninas porque elas são garotas. Mas esses quatro não
vão mais escapar ilesos. – Alvo achava que estava se saindo bem em demonstrar
que estava preocupado com o bem estar do amigo. Ele sabia que Escórpio gostava
quando as outras pessoas se importavam com ele, mas não era bem assim que as
coisas andavam naquele momento – Agora eles vão pensar duas vezes antes de
implicar comigo ou com...
– Desculpe-me pela intromissão, – bradou Escórpio
sem pedir licença e já começando a falar – mas eu acho que já deixei bem claro
que não preciso de sua ajuda para viver em paz! Não sou seu amiguinho
nascido-trouxa que precisa de um segurança para andar pela escola! Não tente bancar o amigo preocupado, que tenta
zelar pelo meu bem! Eu não quero sua ajuda, Potter! Não sou babaca o suficiente!
– Mas é o que parece, e
você está falando asneiras, Malfoy! – Alvo fechou a cara para Escórpio, o amigo
nunca falou naquele tom com ele, nem quando estava mais
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