domingo, 23 de junho de 2013

Percimpotens Locomotor, pág 5



Boa parte da umidade do ar ao redor da varinha de Alvo começou a se concentrar na ponta do artefato. Em poucos segundos, uma gota d’água se formou, não muito maior que uma cabeça de alfinete, e começou a se expandir. Quando chegou ao tamanho de um punho, a varinha emitiu um estalo, e a bolha de água iniciou um processo de solidificação. Ao fim do processo a água se transformara em uma perfeita bola de neve.
Oppugno! – murmurou Alvo quase que encostando os lábios na neve.
Como se as palavras fossem injeções de ânimo e adrenalina, a bola de neve irrompeu pelo salão e atingiu a cara de Henry em cheio.
Novas gargalhadas encheram os ouvidos de Alvo enquanto Henry tentava se desvencilhar da nova bola de neve que se recompunha a partir das gotículas de água que respingaram da primeira e voltava a atacar. Alvo fez o encanto mais duas vezes e as bolas de neve começaram a rondar o grupo lhe atribuindo ataques constantes enquanto os forçavam a deixar o salão às pressas. Os estudantes presentes no Salão Principal só pararam de rir quando o grupo de Finnigan já começou a subir pelas escadas mágicas que se movimentavam na esperança de acharem um lugar para se esconderem.
Ao retornar a mesa onde estudava, Alvo pode perceber que seus colegas da Lufa-Lufa estavam vermelhos de tanto gargalharem. Inácio limpava uma lágrima que lhe escorria pelo canto do olho esquerdo enquanto ainda sorria. Morgana mal conseguia abrir os olhos devido à tamanha contração de sua face resultante do grande sorriso que enchia seu rosto, e Luís dava tapas na mesa sempre que ouvia um grito ou uma exclamação proveniente de um dos três grifinórios que ainda sofria com o ataque.
– Eu já falei que não gosto que você fique usando esses feitiços idiotas – contestou Rosa tomando um posto que geralmente era ocupado por Gina: o de mãe chateada com o mal comportamento e as travessuras do filho. – Mas se você insiste tanto a se rebaixar ao nível de Finnigan e dos outros, por favor, o faça quando eu não estiver olhando!
– Mas eles mereciam – contrapôs Alvo voltando a respirar normalmente, pois sua inspiração ficara mais ofegante devido aos risos. – Viu como eles trataram a mim e a Escórpio. Eu disse que esse ano eu não abaixaria a cabeça para tudo o que dissessem. Não posso fazer nada com Rosier nem com as outras meninas porque elas são garotas. Mas esses quatro não vão mais escapar ilesos. – Alvo achava que estava se saindo bem em demonstrar que estava preocupado com o bem estar do amigo. Ele sabia que Escórpio gostava quando as outras pessoas se importavam com ele, mas não era bem assim que as coisas andavam naquele momento – Agora eles vão pensar duas vezes antes de implicar comigo ou com...
– Desculpe-me pela intromissão, – bradou Escórpio sem pedir licença e já começando a falar – mas eu acho que já deixei bem claro que não preciso de sua ajuda para viver em paz! Não sou seu amiguinho nascido-trouxa que precisa de um segurança para andar pela escola! Não tente bancar o amigo preocupado, que tenta zelar pelo meu bem! Eu não quero sua ajuda, Potter! Não sou babaca o suficiente!
– Mas é o que parece, e você está falando asneiras, Malfoy! – Alvo fechou a cara para Escórpio, o amigo nunca falou naquele tom com ele, nem quando estava mais

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