Ao completar os deveres de Herbologia, o grupo
entrou de cabeça na tarefa exigida pelo Prof Buttermere. Analisar a co-relação
entre Contra-Maldições e Feitiços Escudos em catacumbas egípcias era uma tarefa
que exigia esforço, vontade de escrever e paciência para pesquisar nas páginas
dos livros de Defesa contra as Artes das Trevas umas trinta vezes a cada frase.
A cada palavra rabiscada por sua pena no
pergaminho, Alvo sentia ainda mais frustração com relação ao Prof Buttermere.
As aulas com ele não melhoraram em nada. Quase não havia práticas de feitiços e
os alunos já haviam escrito mais de três rolos de pergaminhos somente nas duas
primeiras semanas. A turma já devia saber quase tudo sobre a magia egípcia, mas
a cada aula o professor trazia algo de novo a ser estudado, e sempre algo
extremamente, no ponto de vista de Alvo, desinteressante.
– Então, resumindo, se você acionar uma das
maldições da catacumba você estará definitivamente
ferrado – concluiu Luís quase chegando ao fim do pergaminho.
– Seria isso, mas – falou Rosa sem tirar os olhos
das palavras que escrevia – creio que somente essa frase não seja exatamente o
que o Prof Buttermere quer. Ele falou que quer a composição necessita de dados
comprovados que estabeleça uma conexão ao fato de se poder usar uma
Contra-Maldição ao invés de um Feitiço Escudo em uma catacumba egípcia.
– Mas não é tudo a mesma coisa? – perguntou
Inácio.
Antes, porém, que qualquer um pudesse responder, a
grupo de Finnigan chegou ao Salão Principal e, ao ver Alvo sentado junto a
Escórpio, suas presas favoritas quando se tratava de pregar peças e implicar,
eles não se contiveram e começaram a se aproximar dos seis. Finnigan estava à
frente e logo atrás vinham Thomas e Creevey. Coote, entretanto, não estava
presente, o que dava a entender que ele estava no campo de Quadribol e que os
testes para os reservas da Grifinória já havia começado.
– Ei, Potter – começou Finnigan com seu falso ar
de superioridade – quando estávamos passando vimos uns valentões incomodando um
primeiranista da Corvinal. Ai nós pensamos: por que não chamar Alvo Potter, o
grande herói dos fracos e oprimidos? Então, não está a fim de bancar o herói
mais uma vez? O que você vai fazer, encantar os quadros para que eles ataquem
os valentões?
– Vocês é que são da Grifinória – contradisse
Alvo. – A vontade se bancar os heróis e de se mostrar é de vocês, não minhas.
Eu, como um sonserino, tenho apenas minhas ambições, e uma delas é um dia estar
acima de vocês. E todo seu grupinho servir para serem meus capachos!
– Eu nunca me subordinaria a você, Potter! –
resmungou Thomas cerrando os punhos. – Preferiria beijar um rabicurto a isso.
– Eu posso providenciar – ele ironizou em
resposta.
– O que
disse! – Thomas fez menção em avançar contra Alvo, mas ele se deteve quando
Finnigan o segurou pelo ombro e Rosa saltou para tentar apartá-lo.
– Ei! –
exclamou ela. – Dá um tempo, Henry! Até parece que você faz o tipo dos
rabicurtos!
Escórpio tossiu, abafando um riso.
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