domingo, 23 de junho de 2013

Percimpotens Locomotor, pág 3



Ao completar os deveres de Herbologia, o grupo entrou de cabeça na tarefa exigida pelo Prof Buttermere. Analisar a co-relação entre Contra-Maldições e Feitiços Escudos em catacumbas egípcias era uma tarefa que exigia esforço, vontade de escrever e paciência para pesquisar nas páginas dos livros de Defesa contra as Artes das Trevas umas trinta vezes a cada frase.
A cada palavra rabiscada por sua pena no pergaminho, Alvo sentia ainda mais frustração com relação ao Prof Buttermere. As aulas com ele não melhoraram em nada. Quase não havia práticas de feitiços e os alunos já haviam escrito mais de três rolos de pergaminhos somente nas duas primeiras semanas. A turma já devia saber quase tudo sobre a magia egípcia, mas a cada aula o professor trazia algo de novo a ser estudado, e sempre algo extremamente, no ponto de vista de Alvo, desinteressante.
– Então, resumindo, se você acionar uma das maldições da catacumba você estará definitivamente ferrado – concluiu Luís quase chegando ao fim do pergaminho.
– Seria isso, mas – falou Rosa sem tirar os olhos das palavras que escrevia – creio que somente essa frase não seja exatamente o que o Prof Buttermere quer. Ele falou que quer a composição necessita de dados comprovados que estabeleça uma conexão ao fato de se poder usar uma Contra-Maldição ao invés de um Feitiço Escudo em uma catacumba egípcia.
– Mas não é tudo a mesma coisa? – perguntou Inácio.
Antes, porém, que qualquer um pudesse responder, a grupo de Finnigan chegou ao Salão Principal e, ao ver Alvo sentado junto a Escórpio, suas presas favoritas quando se tratava de pregar peças e implicar, eles não se contiveram e começaram a se aproximar dos seis. Finnigan estava à frente e logo atrás vinham Thomas e Creevey. Coote, entretanto, não estava presente, o que dava a entender que ele estava no campo de Quadribol e que os testes para os reservas da Grifinória já havia começado.  
– Ei, Potter – começou Finnigan com seu falso ar de superioridade – quando estávamos passando vimos uns valentões incomodando um primeiranista da Corvinal. Ai nós pensamos: por que não chamar Alvo Potter, o grande herói dos fracos e oprimidos? Então, não está a fim de bancar o herói mais uma vez? O que você vai fazer, encantar os quadros para que eles ataquem os valentões?
– Vocês é que são da Grifinória – contradisse Alvo. – A vontade se bancar os heróis e de se mostrar é de vocês, não minhas. Eu, como um sonserino, tenho apenas minhas ambições, e uma delas é um dia estar acima de vocês. E todo seu grupinho servir para serem meus capachos!
– Eu nunca me subordinaria a você, Potter! – resmungou Thomas cerrando os punhos. – Preferiria beijar um rabicurto a isso.
– Eu posso providenciar – ele ironizou em resposta.
O que disse! – Thomas fez menção em avançar contra Alvo, mas ele se deteve quando Finnigan o segurou pelo ombro e Rosa saltou para tentar apartá-lo.
Ei! – exclamou ela. – Dá um tempo, Henry! Até parece que você faz o tipo dos rabicurtos!
Escórpio tossiu, abafando um riso.

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