domingo, 23 de junho de 2013

Percimpotens Locomotor, pág 1



Capítulo Catorze
Percimpotens Locomotor
C
omo havia sido combinado, Alvo se encontraria com Luís, Inácio, Morgana, Rosa e possivelmente Escórpio, depois do almoço no Salão Principal.
Assim como de costume, ele almoçara na mesa da Sonserina junto com seus colegas de casa. Não foi nada de especial, embora ele tivesse de se conter para não surtar sempre que ouvia sobre os relatos dos que passaram a manhã no lado de fora do castelo ou quando perguntavam o porquê de suas vestes estarem úmidas. Ele também teve de aturar Ash ficar comentando sobre o jogo portátil dele que acabara sendo devolvido misteriosamente por quem o roubara. Alvo sabia um pouco sobre aquele tipo de vídeo game, mas perdia o fio da conversa toda fez que combos, chips e Memory Cards eram mencionados por Ash.
Após o almoço, o garoto desceu junto ao amigo nascido-trouxa até a sala comunal da Sonserina. Sem dar explicações mais detalhadas a Ashton, Alvo o largou próximo à entrada do dormitório do primeiro ano e seguiu até o seu próprio para arrumar seus livros, pergaminhos, anotações, penas e tinteiros dentro da mochila e, em fim, voltar ao Salão Principal, onde já deveriam estar seus primos e amigos.
Ao descer as escadas em espiral e ao passar novamente pela sala comunal, Alvo notou que não seria apenas ele a fazer deveres de casa em grupo. Ninhadas de três a dez estudantes da Sonserina se agrupavam pelos cantos da sala com livros, pergaminhos e mapas estelares no colo ou entre as mãos. Perto da lareira, um grupo de calouros treinava um feitiço para fazer com que as chamas da lareira mudassem de cor; Tibério, Ralf, Carter e mais dos terceiranistas que Alvo não conhecia inventavam predições catastróficas uns sobre os outros para a aula da Profª Trelawney sentados no chão e ao redor da mesa de xadrez; e alunos e alunas do quinto ano catalogavam uma série de aspectos e curiosidades sobre a Lula Gigante, que naquele momento passeava por entre as janelas submersas da sala comunal, certamente para sua próxima aula com Hagrid. O único ali que não estudava era Ashton, que rapidamente já havia trocado de roupas e naquele momento utilizava uma caixinha de ferramentas muito simples para tentar consertar seu vídeo game que, segundo ele, sempre travava quando estava próximo de matar o Zumbi Chefão.
Se tivesse tempo, Alvo até contaria a Ashton que aquilo era uma grande perda de tempo. Que o vídeo game talvez não funcionasse devido às barreiras mágicas contra dispositivos e eletrônicos feitos por trouxas – cada vez mais fortificadas pelo Sr Dolohov, ou que também poderia ter sido enfeitiçada por quem o roubara dele para que o portátil não funcionasse mais perfeitamente. Entretanto ele já estava atrasado, e seria bom deixar Ashton se distrair em um canto um pouco, sozinho.
Quando ele chegou ao Salão Principal todos os que haviam combinado de fazerem os deveres de Herbologia e Defesa contra as Artes das Trevas já haviam chegado e já retiravam seus livros e anotações da mochila. Assim que se anunciou, todos pararam o que faziam e lhe cumprimentaram, todos exceto Escórpio, que continuava a arrumar seu material na mesa o ignorando completamente.

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