criador do Olho entre os Mundos, se encontraram para dar prosseguimento ao ritual de nascimento da primeira árvore que geraria toda a imensidão da floresta. Merlim depositou a pequena semente em seu monte de terra fofa e cavada, sob o olhar curioso de Ravenclaw e Ambratorix. O bruxo se ergueu pesadamente e tocou delicadamente com a ponta de seu cajado sobre o fruto recém plantado. Disse o grande mago em voz baixa, santificando o pequeno grão: “Ó virtuosa semente, plantada por vós nesse canteiro de vida e prosperidade. Banhai esta terra com seus filhos e filhas e abrigai a todos que necessitarem de ti.”. Depois Ravenclaw se aproximou da semente, tirando os cabelos da frente do rosto, e falou com um sussurro, como se fosse somente um segredo entre as duas: “Domai todas as feras que a ti perturbarão, ó nova boa aventurada. Protegei-nos dos malefícios que muitos rogam para vós. E abençoai vosso futuro tempo de aprendizado.” E se ergueu com glamour. Os olhos de Merlim e Ravenclaw baixaram sobre Ambratorix, olhares pesados e profundos.
– Não pretendes dizer nada a vosso fruto, engenhoso arquiteto? – perguntou Merlim sem esperanças.
Ambratorix alisou sua nova barba pomposa, robusta e cinza como uma pedra marinha. Ele olhou para a semente com seus olhos castanhos-cajus, não com um olhar respeitoso como o de Merlim ou Ravenclaw, mas um olhar egoísta e ambicioso, muito semelhante ao de Salazar Slytherin.
– Bom, vejais caro Merlim – começou Ambratorix com uma voz rouca e abafada, apalpando a própria barriga –, o que eu poderia dizer para está semente? Deixais para mim, para meus dedicados homens e meus fiéis elfos, madeira suficiente para poder construir mais um cômodo descente nos aposentos de Madame Hufflepuff.
– Falastes como um velho amigo de Salazar – disse tristonhamente Ravenclaw, porém em tom de censura. – Estais há passar muito tempo com ele nas masmorras. O que tanto vasculham nos projetos das construções? Não estais a planejar junto com Salazar algo não aprovado por nós, está?
Ambratorix olhou apreensivo para Ravenclaw e depois para Merlim, enfim seus olhos fincaram-se nos bicos de seus sapatos, a única parte não coberta por sua barriga. Slytherin, seu antigo amigo e muitas vezes salvador, lhe dera muito ouro para permanecer em absoluto silêncio com relação à câmara que pretendia secretamente construir em uma das habitações do castelo. Slytherin fora extremamente claro que não queria que seus companheiros descobrissem dessa câmara que ele alegava ser para treinamento pessoal de seus alunos. Ambratorix possuía, claro, muitas perguntas para Salazar, mas o fundador lhe dera mais um bocado de ouro para assentir calado.
– Não esperava muito mais de tu, Albrieco – garantiu Merlim gozador. – Falou como um comerciante, interessado em seus lucros... Sei que isso não é um bom
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