terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Jogada de Furius e a Vingança de Mylor, pág 18

saiam uma dúzia de feitiços e maldições misturados a palavrões e xingamentos. Parecia que os dois estavam redigindo um único feitiço para uma prova final.
Alvo olhava para os dois bruxos. Silvano estava na defensiva, tentando suportar com muita dificuldade os feitiços lançados por Yaxley. Se sua boca escorria um filete de sangue, e de sua testa também. As vestes estavam rasgadas e chamuscadas, devido à grande quantidade de feitiços flamejantes que disparavam da varinha de Yaxley. Alvo tinha de fazer alguma coisa. Mas o que? Ele era apenas um garoto comum do primeiro ano com poucos feitiços na bagagem. Ele mal fazia estuporar alguém, e as poucas azarações que conhecia não seriam suficientes para abater Yaxley. Mas Alvo não deu muita atenção para as circunstâncias. Imitando a ação do Prof Silvano, Alvo agarrou a varinha de salgueiro e núcleo de crina de Pégaso de Rosa. A prima soltou um gritinho agudo, mas que foi logo contido pela expressão fechada de Alvo.
– Padeça sob meus pés, mestiço! – rosnou Yaxley mudando a rota de uma das azarações multicoloridas de Silvano e lançando-lhe mais uma maldição. – Irei arrancar de sua cara este seu sorriso imundo. Crucio.
Aquela fora a gota d’água: ver o professor se contorcendo no chão de dor como ele um dia fizera, quando o mesmo bruxo das trevas lhe lançou a mesma maldição. Alvo saltou de trás da pilastra. A mão cerrada na varinha de Rosa, os olhos fixos em Yaxley.  Ele ergueu o braço direito, os olhos bem abertos, o punho firme.
Limpar.
Da boca de Yaxley começaram a brotar bolhas de sabão cor de rosa. A boca do Comensal da Morte começara a espumar de forma descontrolada, como se uma pia começasse a despejar loucamente água em uma solução espumosa, multiplicando a densidade do sabão ou como um cão com ataque de raiva. As bolas começaram a escorrer pelos lábios de Yaxley, o sufocando, mas deixando um adorável odor de rosas do campo se espalhar pelo ar.
Dec-tum-sem-pra – engasgou Yaxley apontando a varinha bamba para Silvano. O feitiço originalmente criado por Antônio Dolohov atingiu Silvano no peito esquerdo. Uma flama roxa cravou nas vestes do professor, fazendo-o cambalear para um lado. Os olhos fora de foco, sem conseguir manter-se erguido. – Sec-tum-sem-pra.
A maldição criada por Severo Snape em seus anos de escuridão e odiosidade irrompeu da varinha de Yaxley fervendo de ódio. A sorte de Silvano fora que metade de seu corpo era protegida por um pilar de rochas bem ásperas.  Como se acabasse de ser esfaqueado vinte vezes por poderosas e ameaçadoras lâminas, Silvano desabou no chão. Largou a varinha de Alvo e repousou em silêncio. Nenhum músculo se movia. Ele estava frio...
Rosa e Escórpio saltaram para perto do corpo frio e ensangüentado do professor. A garota tremia da cabeça aos pés, seus olhos estavam inchados e bastante molhados

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