terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Jogada de Furius e a Vingança de Mylor, pág 19

por uma quantidade considerável de lágrimas. Escórpio parecia tenso, porém bastante corajoso.
Incarcerous Humo – urrou Yaxley limpando o sabão cor de rosa da boca.
Ervas e vinhas brotaram por entre as rochas irregulares do santuário do Olho entre os Mundos. Desconfortavelmente, Rosa e Escórpio foram envoltos nas vinhas e ervas que se agarravam a seus braços e pernas. Uma das vinhas estava tão bem presa que o braço de Escórpio começou a mostrar uma tonalidade arroxeada.
Expelliarmus – gritou Alvo agitando a varinha freneticamente. Mas nada aconteceu. Yaxley fora mais rápido e avançara contra Alvo. A mão direita ainda sustentando sua varinha, a esquerda estrangulava o pescoço do garoto.
– Você se acha muito espertinho, mestiço – murmurou Yaxley abespinhado. O Olho entre os Mundos parecia desfraldar de excitação. Sua luz estava mais intensa, seu calor irradiado mais forte. – Acha que pode sair por ai brincando de ser seu precioso papai. Prendendo bruxos como eu e saindo na primeira capa do Profeta a cada seis meses! Mas vou lhe contar um segredo, Alvo. Você não é seu pai! E irá morrer devido a sua grande ambição. Veste as vestes da Sonserina, mas não aparenta ter nenhuma das qualidades de um. Um sonserino pensa antes de agir, e nunca entregaria sua vida de maneira tão banal! Você só não padecerá em minhas mãos como seu professor porque preciso de você para abrir o Olho. Logo, logo você e seus amiguinhos poderão ser mais umas de minhas vítimas. Podem se juntar em uma coleção que tem como uma das figuras aquele fantasminha ignorante de sangue-ruim.
Yaxley retirou do bolso a Chave Matriz do Olho entre os Mundos. Atirou-a em direção ao caixão luminoso. A chave planou pelo ar majestosamente, deu dois rodopios e mergulhou para uma das trancas entre os nomes de Cadmo Peverell e Ignoto Peverell, os netos de Ambratorix.  Quando a chave girou no cadeado ouve uma explosão de calor. Algo tão forte que obrigara a Yaxley soltar Alvo, pouco antes de ser arremessado alguns metros para mais longe do caixão. 
Venha, Alvo – murmurou uma voz desconhecida, mas bastante acolhedora.
Só posso estar delirando, pensou Alvo. Como o caixão poderia estar falando com ele? Mas o calor irradiado pelo Olho de Ambratorix parecia atrair a Alvo mais a cada segundo. Suas pernas estavam mais rígidas, seus olhos mais atentos, seu peito mais aberto para o desconhecido. A mesma sensação que ele sentira há muitos meses quando parecia forçado a tocar na placa de bronze voltou a aflorar em seu coração. Ele tinha de seguir. Tinha que entrar em contado com o Olho. Ele queria fazê-lo. Desvendar todos os mistérios que rondavam sua família e o artesão medieval. Alvo começou a caminhar. Já não se sentia mais fraco como antes, se sentia mais corajoso, mais vivo. Tinha certeza de que se quisesse poderia impedir que os planos trágicos de Yaxley se concretizassem, poderia evitar a volta de Voldemort, e poder voltar para casa, para sua família sorrindo...
Assim se sentido, Alvo avançou para o Olho entre os Mundos, para a obra prima de Albrieco Ambratorix, o Caçador de Destinos. E sem mais medo e desesperança ele abriu o caixão.            

Nenhum comentário:

Postar um comentário