abacaxis nas mãos. Esses aí devem ter alguma ligação com a baderna que se encontra em nossa escola.
– Eh, eu acredito que sim, Artabano – falou Silvano preocupado. Seus olhos não desgrudavam da expressão ladina do colega. – Creio que devo levá-los para, eh, a diretora, como você disse...
– Nos desculpem – disse Agamenon tentando se desvencilhar das mãos do Prof Monomon. – Mas Silvano apareceu de repente na sala, não tínhamos o que fazer. Daí Tiago e eu corremos para ajudá-lo. Mas foi em vão.
– Já sabemos de tudo, e não os culpamos – tranqüilizou Alvo olhando a expressão aborrecida de Tiago.
– Então se vai levá-los para Crouch insisto que me deixe ir junto – insistiu Monomon. – Afinal, testemunhei a situação agressiva desses dois grifinórios o que pode reforçar a idéia de que todo esse rebuliço na escola não passa de uma distração para algo melhor planejado. Talvez outros alunos estejam invadindo as outras salas de professores. Já pensou no que pode ocorrer se certas poções de Slughorn caírem nas mãos de alunos arruaceiros como esses?
– Desculpe, Artabano. Mas persisto que eu leve-os sozinho – o suor começava a escorrer da testa de Silvano. Suas mãos ficaram geladas e a varinha tremia por baixo das vestes. – Obrigado por sua ajuda, mas acredito que sozinho eu possa resolver tudo – e deu as costas para o professor de Aula das Corujas.
– Impedimenta – Monomon largara Tiago e Agamenon e com um rápido puxão agarrara sua varinha e a apontara para as costas de Silvano. – Expelliarmus. Vocês dois, para dentro da sala! – ordenou para Tiago e Agamenon com uma voz sinistra. – Não tentem sári daí. E eu saberei se tentarem!
Tiago e Agamenon dispararam para dentro da sala, obedientes.
– Colloportus! – foi o rangido de Monomon trancando os dois. – Agora o assunto é com os quatro. Parece que o limite foi atingido e finalmente vocês descobriram tudo sobre o Caçador de Destinos.
– Prof Monomon, o senhor também! – choramingou Rosa, que sentia muito apresso pelo novo professor.
– Meu mestre está os esperando há muito tempo no santuário onde se esconde o Olho. Ele já está ficando impaciente de tanta demora. Por isso matou aquela peste de Malcolm Baddock – a voz de Monomon mudara. Seu habitual tom descontraído e amistoso tomara a forma de amedrontadora e cruel. – Vamos dar um pulinho perto da Torre Oeste. Gostaria de mostrar alguma coisa para vocês. Algo sobre aquele luxuoso e honroso memorial em homenagem aos mortos da Batalha de Hogwarts. Mas antes... Nisioculos.
Duas corujas de igreja cortaram os céus abrutalhadamente, mergulhando pelas janelas para dentro do castelo. Cada coruja deveria medir uns cinqüenta centímetros
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