quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Exulto da Cobra, pág 2


professor soltava sua maligna risada como se o sangue de Alvo valesse mais que uma pilha de galeões. Mais uma vez as imagens mudaram e um enorme animal voador negro das ravinas pairava sobre o castelo de Hogwarts com uma carta no bico. De alguma forma Alvo havia montado na criatura, e ao olhar para baixo o garoto se arrependeu de tê-lo feito, mesmo sabendo que aquilo era um sonho. A ave começara a planar pelos terrenos da escola até, para o alívio de Alvo, pousar perto da orla da Floresta Negra, onde largara a carta e se perdera na escuridão da noite.
Depois de ficar encarando o fogo esverdeado se apagando na lareira agora fria da sala comunal, Alvo chegara à conclusão que seria de boa índole acordar os amigos e encaminhá-los para suas respectivas camas em seu dormitório.
Alvo acordou primeiro Lucas.
 – Por Merlim, mas que... Ah, Alvo. – disse Lucas ainda meio grogue. Seu pergaminho com sua pena e o tinteiro escorregaram por suas pernas e caíram no tapete – Diziam que dava má sorte acordar um homem que dorme em sono profundo.
– É, mas prefiro me arriscar. – respondeu Alvo em um tom não muito amigável – Diga isso para a Trelawney, talvez ela goste. Você estava todo torto. – disse em um tom mais calmo tentando não parecer arrogante.
Depois Alvo seguiu para Isaac.
– Para, mãe... Mais cinco minutos... Já terminei meu dever de Astronomia... – bocejou Isaac abrindo os olhos lentamente – Eh... quem... – sua mão escorregou para o bolso onde ele guardava a varinha – Ah, é você, Al. Puxa, é realmente cedo. Já está na hora do jogo?
– Não – respondeu com frieza. – São ainda duas da manhã. Nós cochilamos enquanto terminávamos os deveres de Slughorn e Flitwick.
Os três amigos recolheram seus respectivos materiais, lentamente com os olhos ainda turvos e cansados. A imagem dos livros estava turva e confusa. Alvo lamentou as chamas verdes que dançavam pela lareira já terem se apagado. O que dificultou a ação dos três sonserinos em reagrupar seus pertences sem nenhuma troca.
– Vamos logo! – reclamou Isaac calçando seus pés cobertos apenas por suas meias. – Quero dormir logo para acordar logo! Hoje é o grande dia, Alvo. Nossa glória ou nossa decadência depende de seu bom rendimento montado na vassoura.
– Nada como uma injeção de ânimo como essa – falou Lucas saltando para as escadas que davam para o dormitório.
– Me sinto bem melhor sabendo que você me apóia assim, Isaac – disse Alvo com certo sarcasmo seco. – Acredito em que sua grande vontade em meu bom desenvolvimento não se daria por sua aposta com Agamenon e pela possível vista grossa que o Prof Slughorn fará com seus deveres de casa.

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