sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Amigo das Corujas, pág 4

preciso me aprofundar nas artes dos tifelones, mas ainda assim me sinto mais seguro utilizando as corujas... Sim?”
– Abbie Collins, professor – disse uma garota enrubescendo.
– Prossiga – respondeu o Prof Monomon serenamente.
– O nome correto, senhor, é telefone – corrigiu a garota enrubescendo mais ainda. A cada palavra Abbie Collins colocava uma mecha do cabelo cor de mel para trás da orelha, envergonhada. Suas bochechas começavam a tomar a aparência de dois enormes morangos e seus olhos cor de chocolate seguiam todas as direções, exceto o professor. – E não são pombos super velozes. São dispositivos capazes de transmitir sons através de sinais elétricos nas vias eletrônicas. Ele transforma energia acústica em energia elétrica e visse versa, produzindo a fala e a ouvida.
– Interessante constatação, Abbie – disse o professor acariciando sua barba por fazer. – Não imaginava que os trouxas fossem tão complexos e avançados neste sentido. Mesmo assim ainda prefiro o bom e velho berrador para reclamar com certas pessoas e a Rede de Flu para conversar cara a cara com outras pessoas. Mas essa pode ser violada por membros do Ministério. Esses tais, telefones são extremamente seguros? Sem possibilidades de serem violados?
Abbie negou.
– Muito bem. Dez pontos para a Lufa-Lufa, Abbie – o Prof Monomon revirou os olhos, mas depois resolveu encarar Abbie de novo, para o nervosismo da aluna. – Você tem os pais trouxas. Algum parentesco com trouxas?
– Ambos meus pais são nascidos trouxas, professor. – confirmou a lufalufina.
– Muito bem. Como eu ia dizendo...
Monomon continuou a explicar todos os prós e contras de terem-se corujas como animais de estimação e entregadoras de correio (ainda que ele tenha citado mais fatores positivos que negativos). Conforme o professor prosseguia com suas explicações, a maioria dos alunos trabalhava rapidamente para transcrever em seus pergaminhos cada palavra dita pelo professor. Alvo se esforçava bastante para seguir as palavras que o Prof Monomon falava rapidamente, o que gerou certas tonturas. Ao seu lado Rosa parecia ter encantado sua mão para acompanhar o movimento labial de Monomon. Ela mordia o lábio inferior no mesmo tempo em que seus olhos checavam cada palavra já escrita. Alvo só conseguiu respirar quando o professor acabou suas explicações sobre o papel das corujas na sociedade e pediu para que seus alunos copiassem o desenho de uma coruja já desenhado no quadro negro.
– Se observarem bem, nossas corujas possuem uma estrutura mais arredondada e mais forte quando comparadas com as conhecidas por trouxas. Diz o magizoologista Galton Scamander, filho de Newton Scamander, que as corujas já foram enormes criaturas com a capacidade da fala humana. Na era paleozóica, as essas corujas

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