amêndoa. Uma pequena corujinha feita de carvalho apareceu no lugar do cuco. Soltou um forte piado e deu duas piruetas no ar.
– Hora de dar aulas! Hora de dar aulas! Primeiro ano, antes de qualquer outro! Iniciantes na arte das corujas, melhor pegar leve! – depois pousou em seu recanto e voltou para dentro do relógio. Pausadamente o professor se ergueu de sua cadeira, ajeitou a túnica azul anil, olhou para a turma com seus olhos negros como corvo, respirou fundo e desandou a falar.
– Bom dia, alunos – disse o professor contornado sua escrivaninha e ficando a poucos centímetros da mesa de Lana e Clara Entwhistle. – Meu nome, como todos vocês já devem saber é Artabano Monomon. Sei que é um nome complicado, também concordo que minha família tinha um péssimo hábito de batizar seus filhos com nomes difíceis e complicados. O meu tem descendência persa. Onde meus pais foram buscá-lo... Bem, depois que morrerem, perguntem a eles. Eu não gosto muito de rótulos, em minha aula, tratarei vocês como iguais, direi seus primeiros nomes, sem senhor ou senhora. Até pediria para que fizessem o mesmo comigo, mas Artabano e Monomon não são nomes muito fáceis de pronunciar, então creio que “professor” será mais fácil. Ah, somente se tiverem curiosidade, Monomon têm ênfase na última silaba – o professor lançou seu sorriso maroto para os estudantes, que não se contiveram e arriscaram alguns risos após a demonstração de desagrado do Prof Monomon com seus nomes. – Bom, a Aula de Corujas em si consiste em um complemento da aula de Trato das Criaturas Mágicas. Um estudo aprofundado sobre estas aves tão importantes e magicamente complexas. No estudo do Trato das Criaturas Mágicas, as corujas não são bem aprofundadas, se não me engano existe apenas uma menção sobre elas no Livro Monstruoso dos Monstros. Elas não são tão hostis quanto as fadas mordentes, nem tão perigosas quanto Mortalhas Vivas, mas posso garantir que são mais inteligentes que as duas juntas.
“Em nossas aulas estudaremos como cuidar das corujas e cada engrenagem de seu corpo, foi dito por Nadira Gamp, notável membro da família Gamp com inclinações para o naturalismo, que as corujas são seres que vivem em perfeita harmonia com os bruxos, como um par perfeito. Disse que existem diferentes tipos de corujas, as menos dotadas acabaram se dividindo e foram acolhidas por trouxas, as mais bem dotadas permaneceram ligadas com a magia e com seus praticantes. O que a Srtª Gamp quis dizer é que as corujas conhecidas por bruxos são diferentes das conhecidas por trouxas. Nós as utilizamos para entregas de correspondências e muitas vezes são bem pesadas, já os trouxas as utilizam como um simples animais que merecem ser mostrados em uma gaiola apenas para admiração. Eles preferem usar pombos para entregar correspondências. Creio que alguns são chamados de pombos correio. Não tenho total certeza sobre os fatos, mas dizem que existe uma linha especial de pombos super-velozes chamados... Vejamos... Tifelones. Ainda
Nenhum comentário:
Postar um comentário