sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Amigo das Corujas, pág 1


Capítulo Treze
O Amigo das Corujas
Aquela não era a menor sala de aula de toda a Hogwarts, mas também não era nada confortável. Situada em um cubículo improvisado poucos metros do Corujal. Havia somente uma janela imediatamente do lado esquerdo à mesa do professor, a qual ocupava quase todo o espaço à direita da porta de entrada. Poucas cadeiras e mesas foram colocadas a disposição dos alunos. As paredes eram de pedra com várias imperfeições e buracos incômodos, por onde alguns insetos circulavam com livre arbitro. Havia também vários poleiros de madeira abrigando algumas dúzias de diferentes tipos de corujas que descansavam nas sombras atrás da mesa do professor. E uma cortina de veludo cor vermelha cobrindo a extremidade da parede oposta a entrada. A sala mergulhava em um mórbido silêncio, cortado apenas pelo ranger dos móveis de madeira e o farfalhar da pena riscando o pergaminho postado na mesa do Prof Monomon. Aquele bruxo de sorriso maroto e cavanhaque por fazer com longos cabelos castanhos que lhe tocavam os ombros era o único indivíduo na taciturna. Sua expressão gozadora não estava amostra em seu rosto, que naquele momento parecia feito de mármore branco. Os olhos de corvo apenas seguiam a mão que escrevia de maneira quase que automática, preenchendo algumas papeladas.
Artabano Monomon era o segundo professor de Aula das Corujas que Hogwarts já tivera. O primeiro fora o professor Santor Patrick Dagh, um magricela meio caduco que se importava mais com o bem estar de suas corujas do que com o resto da humanidade. Famoso por ser o maior cultivador de corujas do mundo da magia; não era o melhor professor da escola e mostrava certo preconceito com todos os alunos que não pertencessem a casa Corvinal. Dagh fora demitido de Hogwarts após ser condenado por ordenar e orquestrar ataques de corujas a trouxas. Nenhumas das acusações foram muito concretas contra o professor, naquela época o Ministério tinha outros problemas mais importantes para se preocupar, Dagh havia discutido em alto e bom som no meio de sua aula com o diretor Dexter Fortescue e como eram poucos os alunos que mantinham interesse pela didática opcional não havia mais motivos para ela continuar em Hogwarts. Artabano, porém era mais jovem e bem diferente do ultrapassado Prof Dagh. Ele não era um louco que acreditava que as corujas eram encarnações dos Deus Hermes, dotadas de um conhecimento mirabolante capaz de decifrar circunstâncias que um humano não faria. Sim, acreditava que as corujas eram um dos animais mais fantásticos da terra e que existia uma grande diferença entre as corujas que o mundo trouxa conhecia e as que os bruxos conheciam. Os segundos as utilizam com muito mais freqüência e elas se mostram muito mais inteligentes.
Em seus tempos como aluno, Artabano se sobressaia entre seus colegas grifinórios em Trato das Criaturas Mágicas. O Prof Kettleburn sempre o elogiava, mesmo tendo

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