Alvo queria falar. Fazer uma centena de perguntas ao Patrono, mas sua voz parecia ter sumido. Fugido com tanto medo que o deixara surpreso.
– Você... – grunhiu Alvo com muita dificuldade. – Você que matou Baddock.
– Perspicaz – riu o Patrono debochando. – Ele não merecia viver. Eu deveria ter aprendido antes que: se você quer utilizar pessoas para lhe ajudar a cumprir seus objetivos, o melhor que se tem a fazer é controlá-las como marionetes!
O Patrono encarou Alvo como se estivesse se contendo para não avançar em seu pescoço. Assim que o animal prateado se dissipou, Alvo caiu no chão. Seu corpo ardia como se ele fosse queimado e eletrocutado ao mesmo tempo. Parecia que dez Comensais da Morte lhe lançavam Maldições Cruciatus sem dó ou piedade.
Alvo já estava convicto de que aquele seria seu último suspiro. Já aguardava ser abraçado pela morte assim como Ambratorix após terminar sua obra. Mas, de repente, a dor cessou.
Um brilho esverdeado florescente brotava de trás de uma árvore. Ela brilhava dez, não, cem vezes mais que o Patrono morcego. Por onde o brilho passava cresciam flores. O vento começou a agitar as árvores e Alvo começou a se encher de vida e de poder. O brilho se agrupava e se esticava, formando uma forma humana, como de uma mulher alta e magra, envolta em uma manta verde como os campos mais bem cuidados do mundo. Seu cabelo também era verde com um arco de gravetos e flores o enfeitando. Seu rosto era belo, mas muito severo. Sua aura mágica era muito mais forte do que de um bruxo comum, como se fosse uma fusão entre duas auras de grande poder.
– Levante-se, Alvo Severo Potter – ordenou a mulher verde em tom autoritário. – Segundo filho de Harry Tiago Potter e de Ginevra Molly Potter. Irmão de Tiago Sirius Potter e Lílian Luna Potter.
– Quem, ou o que, você é?
– Sou uma dríade. Um espírito do bosque. Uma ninfa. Sou irmã de todas as árvores do mundo. Cada uma contém sua própria dríade. Porém todas estão adormecidas, somente eu acordei de um sono de mais de três séculos. Mas a cada dia, uma possível ressurreição das dríades se torna menos possível. Nossa família está morrendo. Nossas forças estão se esgotando, nossas vinhas e nossos corações estão tão enterrados na terra que chegam ao ponto de desaparecer. Foram poucos os humanos dotados do conhecimento da comunicação conosco. Não é um dom que se ensina e sim que se conquista. Hoje, quase não há seres neste mundo que mereçam o direito de se comunicarem conosco. Somos espíritos dóceis, porém velhos e rabugentos. De muita dignidade. Não concedemos o dom da fala para qualquer um que possa vir a nos matar. Nós estamos a muito adormecidas. Mas por algum motivo incógnito, eu fui agraciada por alguma aura poderosa que me despertou de meu
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